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Consumo de álcool entre jovens já é igual em ambos os sexos

Especialista diz que é fácil comprar bebida alcóolica no Brasil

Saúde|Do R7*

Quantidade de meninas que bebem é a mesma que meninos
Quantidade de meninas que bebem é a mesma que meninos Quantidade de meninas que bebem é a mesma que meninos

Apesar de o número de homens ser maior que o das mulheres entre os consumidores de álcool, entre os mais adolescentes, o índice já é igual em ambos os sexos, de acordo com as especialistas ouvidas pelo R7. Para Patricia Hochgraf, coordenadora do programa de atendimento à Mulher Dependente Química do Instituto de Psiquiatria da USP, as adolescentes se comportam como os meninos, já que hoje são mais independentes hoje em dia.

— Elas saem para a balada para beber, assim como os meninos. Entre os adolescentes, as meninas já alcançaram os garotos em relação à quantidade consumida de álcool. Na clínica que trabalho na USP, por exemplo, na idade entre 12 e 17 anos, o consumo de álcool já é o mesmo entre os dois sexos.

Além disso, a presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Drogas), Ana Cecília Marques, afirma que a menina amadurece fisicamente mais cedo que o menino, principalmente em relação ao corpo.

— Esse fator expõe a menina, porque ela consegue comprar a bebida sem que se peça o documento para comprovar a maioridade.

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Provar álcool antes de 12 anos aumenta risco de abuso

Recentemente, a presidente da Abead realizou pesquisa sobre o poder de compra de álcool entre meninos e meninas menores de idade. O estudo mostra que 100% das meninas, entre 12 e 17 anos, conseguiram comprar a bebida, enquanto somente 60% dos meninos saíram dos estabelecimentos com a bebida.

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— O poder da indústria do álcool é muito forte no nosso País, eles ditam o ritmo. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2025, os dois gêneros estarão consumindo a mesma quantidade de álcool em todo o mundo.

De acordo com a pesquisadora e psicóloga da Unifesp e membro do Inpad (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas e Álcool e Outras Drogas), Clarice Madruga, a posição do governo em relação à indústria de bebidas é falha. Em sua opinião, é preciso maior fiscalização para que os jovens não se envolvam com o álcool.

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— É importante taxar o álcool. Em países em que o álcool é mais caro, o consumo é menor. A disponibilidade de bebidas alcoólicas é muito fácil aqui no Brasil, o jovem consegue comprar bebida em qualquer lugar.

A presidente da Abead também acrescenta que a indústria tem desenvolvido bebidas com o objetivo de agradar o paladar da mulher.

— As bebidas já são feitas com base no gosto feminino. São mais doces, mais suaves e coloridas.

*Colaborou: Brenno Souza, estagiário do R7

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