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Dificuldade em trocar o açúcar pelo adoçante? Estudo pode explicar por que isso acontece

Pesquisa realizada nos Estados Unidos observou que as células intestinais conseguem distinguir entre açúcar e adoçantes

Saúde|Do R7

Açúcar e adoçantes artificiais são percebidos de formas diferentes pelo cérebro
Açúcar e adoçantes artificiais são percebidos de formas diferentes pelo cérebro

As células intestinais são capazes de distinguir entre açúcar e adoçantes artificiais e preferem o primeiro. A descoberta é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, financiado pelo Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais.

A equipe liderada pelo neurocientista Diego Bohórquez analisou as conexões entre o cérebro e o intestino, na tentativa de entender se os neurópodes, células intestinais que permitem a comunicação entre os dois órgãos, desempenham algum papel na preferência do corpo por açúcar.

O estudo foi realizado em camundongos, que foram expostos ao açúcar e adoçantes artificiais, como a sucralose. Os pesquisadores perceberam que ambas as substâncias, entregues diretamente no intestino delgado dos animais, ativaram o nervo vago, ligação nervosa que se estende do cérebro até os intestinos. Também foi observado que o cérebro recebeu sinais diferentes após o consumo do açúcar ou adoçante.

Para entender a influência das conexões, a pesquisa usou a tecnologia do sistema optogenético para desligar temporariamente as células neurópodes e perceberam que, após o procedimento, os camundongos passaram a escolher igualmente entre o açúcar e o adoçante artificial.


Por outro lado, quando os pesquisadores reativaram as células neurópodes, os animais voltaram a preferir o açúcar. Os camundongos reagiram de forma semelhante quando os cientistas usaram drogas para bloquear a conexão entre os neurópodes e o cérebro.

“Muitas pessoas lutam contra o desejo por açúcar, e agora temos uma melhor compreensão de como o intestino detecta os açúcares e por que os adoçantes artificiais não reduzem esse desejo”, afirmou Kelly Buchanan, uma das pesquisadoras envolvidas na experiência.

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