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"Ela pedia para morrer antes da pílula da USP", diz marido de idosa com câncer

Marido conta os benefícios que a família atribui a fosfoetanolamina na vida da mulher

Saúde|Caroline Apple, do R7

Gracinha recuperou a vontade de viver após a fosfoetanolamina
Gracinha recuperou a vontade de viver após a fosfoetanolamina

Há oito anos, a família do servidor público Eduardo Neves Marques, de 66 anos, vive o drama de ter uma pessoa com câncer em casa.

A mulher de Marques, Maria da Graça de Sousa Marques, de 63 anos, carinhosamente apelidada de Gracinha, foi diagnosticada em 2007 com câncer na mama e logo a doença começou a aparecer em outros órgãos.

Dois tumores no cérebro fizeram a família desabar, mas, por um período, a radioterapia eliminou o câncer. Porém, em 2012, ele reapareceu no cérebro.

Marques conta que em agosto deste ano Gracinha estava debilitada e sem esperanças nenhuma e o desespero bateu.


— Ela queria morrer.

Foi então que o servidor público soube da existência da fosfoetanolamina por meio de uma mensagem de um sobrinho que vive em Fortaleza.


— Imediatamente vi que a cura dela estava ali. Vi muitos relatos que nos deram esperança. Foi então que um advogado se propôs a nos ajudar e entrou com uma ação em São Carlos [onde foi desenvolvida a substância], porém as decisões estavam suspensas e conseguimos que o STF (Superior Tribunal Federal) nos concedesse a pílula.

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Gracinha começou a tomar a fosfoetanolamina em 17 de outubro deste ano e, assim como vários pacientes, a família aguarda a volta da distribuição por ordem judicial.

— Ela começou tomando três cápsulas por dia. Por orientação do advogado, fracionamos as doses até a chegada da segunda remessa, que nunca veio. No 40º dia de tratamento, Gracinha era outra pessoa. Ela havia retomado os movimentos dos membros do lado esquerdo e a mão direita, que tremia a ponto de não conseguir segurar um copo, agora segura uma caneca com café. A melhora dela foi de 70%.

Para não perder os benefícios que a família atribui à fosfoetanolamina, Marques investiu R$ 1.500 em outros medicamentos de controle da doença, porém, entrou com um pedido novamente na Justiça Federal para conseguir a substância.

— Não entendo o motivo de um remédio que cura as pessoas há 20 anos ser bloqueado. A mudança mais importante que a fosfoetanolamina trouxe foi a vontade da minha mulher voltar a viver. Como podem negar isso?

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