"Ficou
doido? Vou te mandar para o Galba!" "Essa sua ideia é digna do
Galba." Tais frases poderiam facilmente ser ouvidas em Belo Horizonte,
onde o hospital psiquiátrico Galba Velloso, aberto em 1961, se tornou sinônimo de
transtorno mental.
No passado, o hospital reproduzia o modelo
que tratava a loucura de forma excludente - e incentivava comentários jocosos
como esses. Hoje, a instituição procura humanizar o tratamento dos pacientes,
em linha com as mudanças na política de saúde mental dos últimos 25 anos.
Na semana passada, por exemplo, uma das
alas do local foi tomada durante sete dias por latas de tinta, sprays e
artistas de rua pendurados em andaimes de até seis metros. Era mais uma etapa
de um projeto diferente: uma residência artística dentro de um hospital
psiquiátrico público.
O alvo foram os muros da instituição, símbolos da velha segregação entre loucura e sanidade. Altas e desbotadas, com aspecto que evoca vigilância e aprisionamento, as paredes viraram suporte para a arte
r7saude
hospital psiquiátrico
muro
pacientes
rotina
tratamento
Últimas
Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.