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Maioria das crianças de São Paulo está acima do peso, é sedentária e tem déficit de vitaminas e cálcio

Pesquisa ouviu meninos e meninas de todas as classes sociais da região metropolitana

Saúde|Marta Santos, do R7

Grande parte das crianças da região metropolitana de São Paulo está acima do peso e são sedentárias
Grande parte das crianças da região metropolitana de São Paulo está acima do peso e são sedentárias

Uma pesquisa realizada pela Nestlé em parceria com o Ibope mostrou que grande parte das crianças da região metropolitana de São Paulo está acima do peso, é sedentária e tem déficit de diversas vitaminas e cálcio.

Após ouvir mil crianças entre zero e 12 anos, o estudo concluiu que quase metade delas estão acima do peso, sendo 18% com sobrepeso e 26% já com obesidade. Além disso, 33% das crianças a partir dos quatro anos consomem mais gordura do que o recomendado e 70% mais sódio do que deveriam.

No geral, os meninos tendem mais a estar acima do peso, sendo que 20% deles estão com sobrepeso e 30% obesos, já entre as meninas, as porcentagens são de 22% e 16%, respectivamente.

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Estes dados são ainda mais alarmantes, explica o pediatra e endocrinologista Raphael Liberatore, porque a obesidade infantil pode se estender por toda a vida da criança.


— No geral, 50% das crianças que chegam a adolescência acima do peso vão continuar com o problema. Entre as meninas, 70% das que chegam a primeira menstruação obesas vão continuar obesas para o resto da vida. Isso acontece porque essas crianças, mesmo que emagreçam depois, sempre terão maior tendência a estocar e carregar gordura. Por isso mesmo a obesidade é tão difícil de ser tratada. Mesmo nos melhores centros do mundo, o tratamento só funciona em 30% dos casos.

Além de estar acima do peso, grande parte das crianças entrevistadas apresenta déficit de várias vitaminas: 62% consomem menos cálcio do que o recomendado, subindo para 84% na faixa dos nove aos 12 anos; 46% consomem menos vitamina A do que deveriam, 52% vitamina C, 85% vitamina D e 73% vitamina E.


Sedentarismo

Um dos fatores que mais contribuem para o ganho de peso das crianças é o sedentarismo. A pesquisa mostrou que 52% delas não praticam exercícios, sendo 49% entre os meninos e 56% entre as meninas. Além disso, 75% das crianças entre sete e 12 anos ficam na frente da televisão, computador e/ou videogame, mais de quatro horas por dia, sendo que o recomendado são apenas duas horas.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que crianças façam pelo menos 300 minutos de atividade física por semana, ou seja, cerca de 40 minutos todos os dias.

Entre as recomendações médicas para combater a obesidade infantil estão o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Segundo dados do Ministério da Saúde, a média de aleitamento exclusivo no Brasil não chega a dois meses.

Além disso, estudos mostram que dar liberdade a criança de tocar na própria comida e de comer sozinha diminuem o risco de obesidade, desde que sejam apresentadas opções saudáveis de alimentação.

Mas a dica fundamental, garante Liberatore, é que os pais sejam exemplo para os filhos e que não apenas falem o que as crianças devem fazer.

— Não adianta o pai ou a mãe passar o domingo no sofá, assistindo TV, e dizer para o filho ir andar de bicicleta. A criança vai aprender imitando os pais e não escutando o que eles falam.

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