Nova vacina contra HIV começa a ser testada na África do Sul
Resultado da pesquisa só deve sair no fim de 2020; voluntários receberão 5 injeções em 1 ano
Saúde|Do R7
Uma nova vacina contra o HIV começa a ser testada na África do Sul quarta-feira (30). De acordo com cientistas, ela pode ser "o último prego no caixão" para a doença se for bem sucedida, segundo informações do site CBS News.
Batizado de HVTN 702, o estudo terá a participação de 5.400 homens e mulheres sexualmente ativos entre 18 e 35 anos em 15 locais na África do Sul. Todos os participantes receberão cinco injeções ao longo de um ano. Os voluntários estão sendo atribuídos aleatoriamente para receber o regime de vacina ou um placebo.
Os participantes infectados com HIV na comunidade serão encaminhados para os prestadores de cuidados médicos locais para cuidados e tratamento e serão aconselhados sobre como reduzir o risco de transmissão do vírus. Os resultados da pesquisa são esperados no final de 2020.
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O diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas do governo dos Estados Unidos, Anthony Fauci, afirmou que "ao lado de nosso arsenal atual de ferramentas comprovadas de prevenção do HIV, uma vacina segura e eficaz poderia ser o último prego no caixão para o HIV".
— Mesmo uma vacina moderadamente eficaz poderia diminuir significativamente a carga da doença HIV ao longo do tempo em países e populações com altas taxas de infecção pelo HIV, como a África do Sul.
A vacina visa proporcionar uma maior e mais sustentada protecção e foi adaptada ao subtipo de HIV que predomina na África Austral.
A diretor executivo do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul, Glenda Gray, afirmou que há um número devastador de casos de HIV na África do Sul.
— Agora, começamos uma investigação científica que pode ser uma grande promessa para o nosso país. Se uma vacina contra o HIV tiver sucesso na África do Sul, poderia alterar drasticamente o curso da pandemia.
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A África do Sul tem mais de 6,8 milhões de pessoas vivendo com HIV. A esperança de vida, que caiu à medida que a epidemia cresceu, se recuperou de 57,1 anos em 2009 para 62,9 anos em 2014.