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Três sedes da Copa no Brasil tem risco maior de sofrer surto de dengue, segundo estudo

Em termos absolutos, o risco é baixo em todas as cidades

Saúde|Do R7

Agentes da Prefeitura de São Paulo, que vive surto de dengue, fazem nebulização com veneno contra o mosquito, no bairro do Tatuapé, na manhã da sexta-feira (16)
Agentes da Prefeitura de São Paulo, que vive surto de dengue, fazem nebulização com veneno contra o mosquito, no bairro do Tatuapé, na manhã da sexta-feira (16) Agentes da Prefeitura de São Paulo, que vive surto de dengue, fazem nebulização com veneno contra o mosquito, no bairro do Tatuapé, na manhã da sexta-feira (16)

Três cidades brasileiras — Fortaleza, Natal e Recife — que serão cenário de jogos do Mundial do Brasil-2014 têm um risco maior de sofrer um surto de dengue do que as outras nove sedes, destacou um estudo científico divulgado neste sábado (17).

Em termos absolutos, o risco é baixo em todas, mas é comparativamente superior nas três cidades do Nordeste e as autoridades deveriam tomar medidas, afirmam os encarregados do estudo publicado na revista de medicina britânica The Lancet.

A doença é transmitida pela picada do mosquito aedes aegypti, causa febre, dores de cabeça e musculares e, em casos extremos, pode causar morte por hemorragia. No Brasil, é um mal endêmico, e mais de 570 pessoas morreram vítimas da doença em 2013.

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Os autores do artigo, uma equipe de cientistas europeus e brasileiros, chefiados por Rachel Lowe, do Instituto Catalão de Ciências do Clima de Barcelona, examinaram dados de diversas fontes para identificar as áreas de risco.

Eles estudaram os padrões climáticos de quatro agências meteorológicas, em particular os dados sobre chuvas, que têm grande influência na procriação do mosquito.

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Depois, compararam-nos com os dados sobre surtos de dengue dos últimos 13 anos, no mês de julho, em 553 "microrregiões" do Brasil, inclusive nas 12 sedes da Copa. Finalmente, levaram em conta os elementos que caracterizam o desenvolvimento de um surto de dengue.

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Os mosquitos levam de sete a 14 dias para se tornar vetores do vírus, o qual contraíram após picar uma pessoa doente. E quando o inseto pica outra pessoa, o vírus precisa de quatro a sete dias de incubação.

Os visitantes não costumam ficar mais de duas ou três semanas na mesma cidade, o que significa que nesse momento já se estaria gestando um surto que poderia afetar o mês de junho.

"Nossas previsões para junho mostraram que o risco era baixo nas cidades-sede de Brasília, Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo", destaca o artigo.

"O risco era intermediário em Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Manaus. Os alertas de alto risco saltaram nas cidades do nordeste de Recife, Fortaleza e Natal", prossegue. "Os esforços para reduzir o impacto e a severidade da dengue teriam de se concentrar nestas cidades", sugere o estudo.

Uma medida que pode ser aplicada é fumigar os locais de procriação dos mosquitos, principalmente em água parada.

De qualquer forma, "o risco será, provavelmente, baixo nas 12 cidades-sede", insistiu Lowe, em declarações à AFP enviadas por e-mail.

Oitenta por cento das pessoas infectadas com o vírus não desenvolvem sintomas, mas 5% ficam doentes e, para 1%, a doença pode ser mortal.

Neste século, o Brasil registrou mais casos de dengue do que qualquer outro país do mundo — mais de 7 milhões entre 2000 e 2013, completa o estudo.

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