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Tecnologia e Ciência

Fóssil revela espécie de pinguim gigante que vivia na Nova Zelândia 

Cientistas estimam que o animal teria cerca de 1,6 m de comprimento e que viveu há 27 milhões de anos

Tecnologia e Ciência|Letícia Sepúlveda, do R7

A coautora do estudo sobre os pinguins gigantes, Simone Giovanardi, fez esta ilustração de como seriam os animais
A coautora do estudo sobre os pinguins gigantes, Simone Giovanardi, fez esta ilustração de como seriam os animais

Há 15 anos, um grupo de crianças em Hamilton, na Nova Zelândia, estava em uma viagem de campo para caçar fósseis e acabou descobrindo, em uma rocha, o registro de um pinguim gigante. Essa espécie foi considerada totalmente nova pelos paleontólogos. 

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Em um estudo recente publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, os cientistas anunciaram que o fóssil também é um dos esqueletos mais completos de um pinguim gigante já descobertos. Acredita-se que o material tenha cerca de 27 milhões de anos.

O pinguim recebeu o nome científico de Kairuku waewaeroa, que significa "pernas compridas" em maori. Com base no fóssil, os cientistas estimam que o animal teria cerca de 1,6 metro de comprimento da ponta do bico aos dedos dos pés.


Em pé, ele provavelmente deveria ter cerca de 1,4 metro de altura. Dessa forma, o animal era 60% maior que o pinguim-imperador, a maior espécie de pinguim viva atualmente.

Outra razão pela qual foi chamado de "pinguim de pernas compridas" é porque, alguns milhões de anos depois, apareceram animais semelhantes, mas com pernas grossas. De acordo com Daniel Ksepka, um dos autores do estudo, as pernas finas do fóssil são provavelmente uma característica primitiva.


A) Desenho da descoberta; B) Foto do fóssil; C) Comparação entre um Kairuku waewaeroa e um pinguim-imperador
A) Desenho da descoberta; B) Foto do fóssil; C) Comparação entre um Kairuku waewaeroa e um pinguim-imperador

Os cientistas acreditam que o pinguim gigante teria vagado pela parte norte da ilha quando o nível do mar estava muito mais alto do que é hoje.

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Em entrevista à rádio canadense CBC, Daniel Ksepka explicou que pinguins, leões-marinhos e baleias que morreram na Nova Zelândia poderiam ter acabado no fundo do mar; entretanto, com o tempo, ficaram expostos na superfície. A diferença do nível do mar é uma das razões que levam o país a ter um grande registro fóssil de animais marinhos.

A descoberta do fóssil Kairuku waewaeroa, que agora se encontra em exibição no Museu Waikato, está ajudando os cientistas a aprenderem mais sobre a evolução dos pinguins.

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