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Cientistas surfam no Ártico e capturam lindas imagens para conscientizar sobre aquecimento global

Em março desse ano, região ártica registrou recordes históricos em medições da Nasa

Tecnologia e Ciência|Do R7

03/04/2016 - 00h10 (Atualizado em 19/04/2024 - 23h53)

Todos anos, diversos surfistas de todo o planeta vão aos confins da
Noruega para pegar algumas ondas geladíssimas. A ideia não é apenas
acessar um local exclusivo para praticar esportes, mas envolve um projeto científico: conscientizar o
público mundial da urgência envolvida com o degelo do ártico. E, além
disso, conseguir fotos incríveis como essa

O local escolhido são as ilhas Lofoten, no extremo norte da Noruega, bem no círculo ártico

Apesar da beleza estonteante do local, o frio pode ser um problema para eles, por isso o uso de macacões térmicos extremamente poderosos

Os integrantes da expedição são da WWF (World Wide Fund for Nature), que
mostraram o risco que essas paisagens enfrentam no momento, com a
aceleração do aquecimento global

De acordo com o site Upworthy, que publicou as imagens, diversas regiões árticas enfrentam perigos reais com o derretimento de geleiras milenares

Em março, foi registrado por imagens de satélite da Nasa que os níveis de gelo no Ártico atingiram os menores níveis desde que medição começou a ser feita, em 1979

Essa constatação não é exatamente uma surpresa, uma vez que mês a mês a temperatura se torna mais quente e atinge recordes históricos

Leia também: Aquecimento global faz camada de gelo do Ártico ser a menor registrada na história

Para se ter uma ideia, os últimos treze anos tiveram os treze índices mais alarmantes da história

8 - ártico imensas geleiras esperam o viajante para observação da natureza e animais
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Em alguns anos, a temperatura atingiu -30°C

Em 2015, a taxa de declínio para o mês de março é de 2,6% por década, desde o final dos anos 70, de acordo com os dados coletados pela agência federal

Enquanto a média da temperatura mundial subiu cerca de 2°C em 2016 em relação aos dois primeiros meses do ano passado, no Ártico essa temperatura subiu 11°C, algo assustador

O fenômeno El Niño, que envolve troca de calor entre oceanos e atmosfera, e aumento de dióxido de carbono na atmosfera

Essa degradação rápida é o que os surfistas da ciência querem mostrar em suas (belas) imagens

— Estamos avançando rumo ao que potencialmente poderá ser um Ártico sem gelo no verão perto do ano de 2040 — afirmou o chefe do Centro de Pesquisas e Aplicações de Satélite da NOAA, Jeff Key

Segundo os surfistas, a ideia é mostrar como esse mundo é frágil e sofre degradações a todo momento

A degradação por lá sofre um efeito dominó: quanto menos gelo, mais avança as áreas com temperaturas muito quentes

Algumas instituições científicas dizem que os efeitos no Ártico são "irreversíveis"

Os ecossistemas sofrem da mesma forma: ursos polares também enfrentam as consequências, já que se veem obrigados a se retirar em direção ao continente diante da incapacidade de sobreviver em icebergs cada vez mais frágeis, onde a comida lhes fornece menos gordura do que o necessário para sobreviver nos rígidos invernos

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Todos anos, diversos surfistas de todo o planeta vão aos confins da Noruega para pegar algumas ondas geladíssimas. A ideia não é apenas acessar um local exclusivo para praticar esportes, mas envolve um projeto científico: conscientizar o público mundia...

Todos anos, diversos surfistas de todo o planeta vão aos confins da Noruega para pegar algumas ondas geladíssimas. A ideia não é apenas acessar um local exclusivo para praticar esportes, mas envolve um projeto científico: conscientizar o público mundial da urgência envolvida com o degelo do ártico. E, além disso, conseguir fotos incríveis como essa

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