As multas por transitar na faixa exclusiva à direita para ônibus aumentaram quase na mesma proporção em que se ampliou a área reservada aos coletivos na capital. As autuações passaram de 78.446 para 383.093 (388%) no primeiro semestre — mais de uma por minuto. Já as faixas passaram de 100 km para 448 km (348%), também considerando o primeiro semestre. Somadas às invasões aos corredores de ônibus, trata-se do terceiro enquadramento ais recorrente nos registros da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), perdendo apenas para desrespeito ao rodízio de veículos e para excesso de velocidade. As faixas exclusivas ganharam prioridade desde o início da gestão de Fernando Haddad (PT), que já instalou 347,9 quilômetros — 291,4 km em 2013. Antes do atual governo, a cidade tinha 100 quilômetros. O líder no ranking das multas continua sendo excesso de velocidade. Do ano passado para cá, houve um aumento de 11,9% nas autuações, de 1.478.895 para 1.655.155. Juntamente com as infrações das faixas exclusivas e dos corredores, essas multas foram as principais responsáveis pelo aumento de 3,9% no total de 1.655.144 autuações registradas no Município. Outras multas frequentes, como desrespeito ao rodízio (950.409), estacionamento irregular (459.560) e uso de celular ao volante (172.050) tiveram queda no período. Para o mestre em Transportes pela USP Horácio Figueira, deve haver mais fiscalização nas infrações que causam mais mortes no trânsito, como excesso de velocidade, além de educação ao motorista. — Não há cidade no mundo que não tenha trabalho permanente na educação de trânsito. Figueira atribui o crescimento das multas nas faixas exclusivas a dois fatores: à extensão do dispositivo desde o início de 2013 e aos moradores que não acreditam na fiscalização.Radares A CET tem 1.854 agentes de fiscalização. Nos principais corredores, os radares também monitoram a faixa. A companhia informou que deve expandir o sistema, com mais 843 equipamentos. Hoje, há 598 radares fixos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.