Alemanha e Itália ultrapassam Estados Unidos como maiores importadores do café brasileiro
Um dos pontos que devem ser considerados para reverter as tarifas de Trump sobre o grão produzido no Brasil é o impacto dos preços à população americana
Agronegócios|Do R7
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O volume de exportação de café do Brasil caiu 18,4% em setembro, em relação ao mesmo mês do ano passado. O cenário é resultado da menor disponibilidade do produto, com safra e estoque menores, além do tarifaço imposto pelos Estados Unidos. Ainda assim, os embarques do grão somam 3,75 milhões de sacas.
Após um período de condições climáticas adversas, gargalo portuário e safras menores, Marcos Matos, diretor-executivo do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), vê com otimismo os resultados do setor para os próximos meses.
Em entrevista ao Record News Rural desta segunda-feira (14), o executivo pontua que, além de um cenário em setembro melhor do que o registrado em agosto, a previsão de um verão mais equilibrado deve auxiliar na safra.
Questionado sobre os rumos dos negócios com os Estados Unidos, Matos afirma que o setor tem boas perspectivas, mas atua com prudência. Um dos pontos que devem ser considerados para reverter as tarifas americanas sobre o café brasileiro é o impacto dos preços à população do país.
“Esse impacto ao consumidor causou essa mobilização junto ao presidente Donald Trump, lembrando que a inflação do café na economia americana foi nove vezes superior à média da inflação”, comenta.
Sobre a abertura de mercado para o produto, o diretor-executivo explica que o Brasil exporta para cerca de 120 países por ano, e que Alemanha e Itália já ultrapassaram os Estados Unidos como os principais compradores de café brasileiro.
“Se você olha os nossos top 10, top 20, você vê países europeus garantindo o seu, buscando mais cafés do Brasil. Países asiáticos, a gente tem o Japão crescendo, a China crescendo. Temos também países árabes comprando mais, a própria Rússia, Turquia, países que estão no nosso top 10, se destacando. Então, houve uma grande realocação, menor disponibilidade, o preço sobe, e a gente realoca”, finaliza.
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