Análise: Exportações de soja brasileira podem desacelerar após acordo entre EUA e China
Em entrevista ao ‘Record News Rural’, Daniel Vargas aponta que o novo pacto comercial entre as duas potências pode reduzir temporariamente a demanda pelo grão
Agronegócios|Do R7
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Na última quinta-feira (30), os presidentes dos Estados Unidos e da China anunciaram um novo acordo comercial que resultou em tarifas mais baixas para o país asiático — inferiores, inclusive, às aplicadas ao Brasil. Os produtos nacionais continuam enfrentando alíquotas de 50% para ingressar no mercado americano.
Daniel Vargas, professor da FGV Direito Rio e da FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo), destaca ao Record News Rural de segunda-feira (3) que o cenário pode provocar uma desaceleração temporária nas exportações brasileiras de soja, mas reforça que o país segue como parceiro estratégico para o mercado chinês no longo prazo.

“A China, cada vez mais, tenderá a olhar para fornecedores de soja em outras partes do mundo como seu parceiro principal e, aqui, sim, o Brasil continuará tendo uma prioridade e uma oportunidade nessa relação”, sinaliza o docente.
Vargas também observa que, embora o novo entendimento entre os líderes não modifique substancialmente o cenário comercial para o Brasil, ele revela tensões na posição dos Estados Unidos e reforça uma vulnerabilidade do país americano.
“À primeira vista, a interpretação é de dizer que isso não mexe muito nos impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre nós. Primeiro, porque na relação com a China, Brasil e Estados Unidos em grande medida, são competidores. [...] Por outro lado, nós sabemos que este acordo entre Trump e Xi Jinping sinaliza uma certa fragilidade norte-americana”, explica o especialista.
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