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Análise: Exportações de soja brasileira podem desacelerar após acordo entre EUA e China

Em entrevista ao ‘Record News Rural’, Daniel Vargas aponta que o novo pacto comercial entre as duas potências pode reduzir temporariamente a demanda pelo grão

Agronegócios|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Trump e Xi Jinping anunciam acordo comercial com tarifas mais baixas para a China.
  • Esse acordo pode desacelerar temporariamente as exportações de soja brasileira.
  • O Brasil ainda é visto como parceiro estratégico para a China no longo prazo.
  • Especialistas observam tensões na posição dos EUA e vulnerabilidades em sua relação comercial.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Na última quinta-feira (30), os presidentes dos Estados Unidos e da China anunciaram um novo acordo comercial que resultou em tarifas mais baixas para o país asiático — inferiores, inclusive, às aplicadas ao Brasil. Os produtos nacionais continuam enfrentando alíquotas de 50% para ingressar no mercado americano.

Daniel Vargas, professor da FGV Direito Rio e da FGV EESP (Escola de Economia de São Paulo), destaca ao Record News Rural de segunda-feira (3) que o cenário pode provocar uma desaceleração temporária nas exportações brasileiras de soja, mas reforça que o país segue como parceiro estratégico para o mercado chinês no longo prazo.


Apesar de mudanças no cenário global, a soja brasileira segue como aposta estratégica para o mercado asiático Reprodução/Record News - 17.10.25

“A China, cada vez mais, tenderá a olhar para fornecedores de soja em outras partes do mundo como seu parceiro principal e, aqui, sim, o Brasil continuará tendo uma prioridade e uma oportunidade nessa relação”, sinaliza o docente.

Vargas também observa que, embora o novo entendimento entre os líderes não modifique substancialmente o cenário comercial para o Brasil, ele revela tensões na posição dos Estados Unidos e reforça uma vulnerabilidade do país americano.


“À primeira vista, a interpretação é de dizer que isso não mexe muito nos impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre nós. Primeiro, porque na relação com a China, Brasil e Estados Unidos em grande medida, são competidores. [...] Por outro lado, nós sabemos que este acordo entre Trump e Xi Jinping sinaliza uma certa fragilidade norte-americana”, explica o especialista.

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