PF e CGU miram grupo da BA suspeito de lucrar R$ 51 milhões com fraude em licitações
Segundo as investigações, organização era formada por funcionários públicos, políticos e empresários de cinco cidades da região
Bahia|Do R7, em Brasília
A Polícia Federal e a CGU (Controladoria Geral da União) cumpriram 24 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a uma suposta organização criminosa suspeita de fraudar licitações e lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, o grupo era formado por ex-gestores, vereadores, funcionários públicos, empresários, políticos e particulares das cidades de Jacobina (BA), Capim Grosso (BA), Filadélfia (BA), Várzea Nova (BA) e Ourolândia (BA). A corporação acredita que o esquema pode ter movimentado mais de R$ 51 milhões com as fraudes, em um curto período de tempo.
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As medidas judiciais expedidas pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, especializada em Organização Criminosa e Lavagem de Capitais. Para a PF, o grupo criou um “intricado” esquema fraudulento, principalmente no ramo de locação de veículos, com o pagamento de propina a servidores públicos e pessoas do ramo político. Os recursos para a manutenção das práticas investigadas eram obtidos por meio de um “elaborado esquema de lavagem” de dinheiro, compra de veículos de luxo e até mesmo transferências de altas quantias a contas “laranjas”.
Além das buscas, a justiça baiana também autorizou a apreensão de diversos bens, bloqueio de contas e afastamento dos servidores públicos envolvidos. Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude à licitação, desvio de recursos públicos, sonegação de impostos e lavagem de capitais, cujas penas podem chegar a 34 anos de prisão.