Aeroviários fazem manifestação relâmpago no aeroporto de Brasília
Agentes reivindicam reajuste de 11% nos salários; empresas ofereceram 6,33%
Brasil|Da Agência Brasil
A exemplo do que ocorreu na última segunda-feira (15) no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, aeroviários e aeronautas de diversas partes do País fazem nesta segunda-feira (22) manifestação relâmpago — desta vez no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília — para cobrar reajuste de 11% nos salários. De acordo com representantes dos trabalhadores, até o momento as empresas ofereceram apenas 6,33% de aumento.
Por volta das 7h, cerca de 300 manifestantes, segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários), fecharam a principal via de acesso ao aeroporto. Para contornar o problema, a Inframerica — operadora do aeroporto de Brasília — disponibilizou ônibus para buscar passageiros atrasados nas vias interditadas. Às 9h, eles ocuparam o saguão do aeroporto. Com isso, boa parte do serviço de check in foi fechada e, segundo o SNA, não há até o momento previsão para a retomada desses serviços.
A Inframerica ainda não sabe informar os serviços que foram interrompidos, nem o total de voos cancelados ou atrasados devido à manifestação. De acordo com o site da Infraero, dos 52 voos previstos até as 10h, nove (17,3%) haviam se atrasado e cinco (9,6%) estavam, naquele momento, atrasados. Apenas um foi cancelado.
Em nota, a Fentac (Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil) informou que, durante as negociações, as companhias aéreas negam reposição salarial acima do Índice Nacional de Preço ao Consumidor do período, calculado em 6,33%. Além de reivindicar aumento de 11%, os trabalhadores pedem a criação de piso para agente de check-in; vale-refeição de R$ 16,65 para os aeroviários com jornada de trabalho de até seis horas e de R$ 22,71 para aqueles com jornadas maiores; seguro de vida no valor de R$ 20 mil; fornecimento de cosméticos quando exigidos; cesta básica de R$ 326,67; manutenção da jornada de trabalho de 36 horas, exceto para os aeroviários que atuem nos setores administrativos; e creche ou escola de educação infantil para os filhos.
A Agência Brasil entrou em contato com as assessorias de imprensa do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, mas até o fechamento da matéria, as entidades não se manifestaram.