Apoiador descumpriu regra ao carregar Bolsonaro nos ombros
Candidato à Presidência da República pelo PSL ficou fora da visibilidade dos policiais federais que faziam a escolta, de acordo com federação
Brasil|Thais Skodowski, do R7
Ao ser carregado por apoiadores durante o ato, a campanha do candidato à Presidência da República (PSL) Jair Bolsonaro descumpriu recomendações de segurança da escolta da Polícia Federal.
Isso porque, a posição em que estava o candidato, no meio de uma multidão, prejudicou a visibilidade dos quatro policiais federais que faziam a escolta do presidenciável no momento em que ele foi esfaqueado no centro de Juiz de Fora (MG).
A informação é de Luis Boundens, presidente da Fenapef (Federação dos Agentes da Polícia Federal), que conversou com os colegas após Bolsonaro sofrer o ataque. Ele não soube dizer se Bolsonaro usava colete à prova de bala durante o evento, mas diz que era comum o presidenciável usar.
Segundo Boundens, os policias federais relataram que ‘tudo foi muito rápido” e foi um momento de “grande tensão”, já que apoiadores tentaram linchar o agressor, que foi preso após a ação.
Ele também relatou que durante a prisão, o suspeito aparentava estar transtornado.
Cirurgia
Em nota divulgada à imprensa, a Santa Casa, hospital para onde foi levado, informou que Bolsonaro deu entrada no hospital por volta das 15h40 "com uma lesão por material perfurocortante na região do abdômen".
Um porta-voz da unidade de saúde informou que o candidato passou por um procedimento chamado "laparotomia exploratória", que investiga possíveis lesões no fígado e na alça intestinal.
Prisão
O homem que atingiu com um golpe de faca o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi identificado pela PM (Polícia Militar). De acordo com as autoridades, o suspeito se chama Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, e é natural da cidade de Montes Claros (MG).