Barroso: Eleições em Macapá dia 6 evitam 'período ingrato' de festas
Tribunal Regional do Amapá autorizou antecipação do pleito para 6 e 20 de dezembro, para que o segundo turno não acontecesse em 27 de dezembro
Brasil|Myrcia Hessen, da Record TV Brasília, e Giuliana Saringer, do R7
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quinta-feira (19) que a antecipação das eleições municipais em Macapá foi autorizada para evitar o "período ingrato" das festas de final de ano.
“A data inicial para o segundo turno ficou sendo 27 de dezembro e houve um apelo, tanto do presidente do TRE, como de diversas lideranças políticas do Amapá no sentido que se antecipasse, porque dia 27 cai num período ingrato para esse de atividade, entre Natal e Réveillon", afirmou Barroso.
A princípio, o pleito aconteceria nos dias 13 e 27 de dezembro, mas as autoridades consideraram que a adesão seria baixa no segundo turno, já que a data está entre o Natal e Ano Novo. Com isso, o TRE-AP (Tribunal Regional Eleitoral do Amapá) aprovou na quarta-feira (18), com unanimidade, que o pleito seja realizado nos dias 6 e 20 de dezembro.
Barroso afirma que, depois dos pedidos de mudança no calendário, questionou a Secretaria da Tecnologia da Informação para entender se a alteração seria viável.
"A tecnologia da informação, pelo seu coordenador de sistemas eleitorais e depois pelo secretário, confirmaram que era possível fazer o esforço técnico para fazer a eleição nessas duas datas: 6 e 20 de dezembro. Comuniquei esse fato ao presidente do TRE que submeteu ao seu próprio tribunal essas novas datas. Portanto, é uma resolução que apenas ajusta as datas das eleições de Macapá, enfim, ajuda o calendário às novas datas das eleições”, disse o presidente do TSE.
O primeiro turno da eleição foi realizado no último domingo (15) em todos os municípios brasileiros e o segundo turno está marcado para 29 de novembro. O pleito foi adiado em Macapá por causa do apagão no Amapá.
Apagão no estado
Sem energia elétrica e diante de vários efeitos que o desabastecimento gerou, os habitantes das cidades atingidas pelo apagão viveram dias de revolta. Houve diversos protestos, barricadas e atos de vandalismo. A Polícia Militar precisou agir para conter os tumultos.
O apagão ocorreu após incêndio ocorrido no dia 3 de novembro em um transformador da subestação de Macapá que causou o desligamento automático nas linhas de transmissão Laranjal/Macapá, danos em outros transformadores e problemas em cadeia em todo o sistema de abastecimento energético do Estado.
O transformador atingido pertence à concessionária LMTE (Linhas de Macapá Transmissora de Energia), controlada pela empresa espanhola Isolux.