Bolsonaro: Congresso não pode desidratar muito a Previdência
Em entrevista à Record TV, presidente rebateu o ex-presidente Lula e disse que a equipe econômica mira uma poupança de R$ 1,1 trilhão com a reforma
Brasil|Thiago Nolasco, da Record TV, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro reafirmou, neste sábado (27), que espera uma economia de R$ 1,1 trilhão, em dez anos, com a Reforma da Previdência. No entanto, admitiu que o Congresso Nacional deverá fazer alterações no texto, o que deve reduzir a economia do governo.
"A equipe econômica pretende uma economia de R$ 1,1 trilhão. A gente sabe, porém, que o Parlamento vai mexer, tem sinalizações nesse sentido e [o texto] vai ser desidratado. Só não podem desidratar muito", disse.
Para o presidente, uma poupança menor que isso já é preocupante. "Vai ser uma reforma que vai apenas retardar, como diz o ministro Paulo Guedes, aquela anterior. [...] Se conseguir R$ 800 bilhões, como falei, é um número que já nos preocupa. A gente espera que não abaixe disso de jeito nenhum", completou.
Articulação com o Congresso
Questionado se faria a articulação política dentro do Congresso pela aprovação da reforma, Bolsonaro disse que vai se encontrar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a quem agradeceu pelo trabalho que fez pela admissibilidade do texto na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
"Ao contrário do que muitos dizem, não tenho nada contra o Rodrigo Maia, muito pelo contrário e ele sabe disso. Acima de nós dois, está o Brasil e nós, juntos, podemos mudar o destino do Brasil".
Bolsonaro afirmou que pretende ter uma conversa particular com o presidente da Câmara. "Com toda a certeza, ele vai aceitar essa conversa porque temos uma chance ímpar, eu e ele, duas pessoas. O país está envolvido e estamos à frente do Executivo e do Legislativo e podemos fazer história no Brasil”, encerrou.
"Bebida é proibida na cadeia"
Na manhã deste sábado, Bolsonaro também retrucou a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o Brasil é governado por um "bando de maluco" atualmente.
Em entrevista à Record TV, o presidente disse que achava que "bebida era proibida na cadeia". Assista ao vídeo abaixo: