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Bolsonaro defende 'sistema de apuração que não deixe dúvidas'

Em conversa com apoiadores, presidente voltou a defender voto impresso, sistema, segundo ele, defendido pela população brasileira

Brasil|Do R7

Bolsonaro volta a defender voto impresso
Bolsonaro volta a defender voto impresso

O presidente Jair Bolsonaro afirmou a apoiadores nesta segunda-feira (16) que o sistema de apuração atual do Brasil não traz segurança e não há garantias de que o voto dado pelo eleitor vá para o candidato escolhido. 

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"Nós temos que ter um sistema de apuração que não deixe dúvidas. Tem que ser confiavel e rápido. Não deixar margens para suposições", disse ao ser questionado sobre o resultado das eleições municipais.

Bolsonaro observou que não conhece nenhum lugar no mundo que use o sistema utilizado no Brasil e lembrou sua defesa de retorno do voto impresso nas eleições. Um clamor da população, segundo ele.


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"Tinha proposta, o Supremo considerou inconstitucional voto imprenso. Tem proposta de emenda à Constituição na Câmara. Se nós não tivermos uma forma confiável de apurar as eleições, a dúvida vai sempre permanecer", comentou. "Nós devemos atender à população. Eles querem um sistema de apuração que possa demorar um pouco mais, mas que seja garantido que o voto que essa pessoa deu vá para aquela pessoa de fato."


O presidente deu esta declaração devido a demora na apuração em algumas cidades na eleição deste domingo (15). Houve um atraso apenas na divulgação dos números, como em São Paulo, por exemplo. A lentidão aconteceu por um problema técnico num dos supercomputadores do TSE. Não houve nenhuma perda de dados e nenhuma evidência de que o sistema tenha falhas. Foi feita ainda uma tentativa de ataque de hackers, mas que foi completamente neutralizada.

Bolsonaro também disse que o Brasil seria o único país com o sistema de votação por urnas eletrônicas, mas outras nações utilizam este método, como a França, Argentina, Rússia, México e Índia. Os Estados Unidos possuem urnas eletrônicas em alguns Estados.


Licenças ambientais

O presidente reclamou ainda da demora de autorização de licenças ambientais no país, citando o caso de uma ponte na usina de Belo Monte, no Pará. Em julho, Bolsonaro anunciou a construção sobre o Rio Xingu, ligando as cidades de Altamira a Anapu, mas a obra não saiu do papel.

"Só de licença ambiental vai ser um ano mais ou menos. Uma PCH (pequena central hidrelétrica) no Paraná demora mais de 20 anos para sair do papel. Até aproveito para dar um recado: pessoal quer agilidade de mim em muita coisa, eu sou o presidente da República, não sou dono do Brasil", lamentou.

Bolsonaro pediu para encerrar as conversas alegando indisposição. "Eu peço para não gravar nada para ninguém. Eu não estou passando bem hoje não. Fui dormir agora."

Na despedida, dirigindo-se a um apoiador, o presidente fez um rápido comentário sobre o resultado das eleições em cidades que optaram por candidatos de esquerda ou não apoiados por ele. "Você fala de povo sofrido. Mas o povo de lá é quem escolhe seu destino. São Paulo está escolhendo o seu destino, o Rio, Porto Alegre vai decidir seu destino também."

Em São Paulo (SP), a surpresa foi a ida para o segundo turno do candidato do Psol, Guilherme Boulos. No Rio (RJ), Paes lidera à frente do Crivella, apoiado por Bolsonaro. Em Porto Alegre (RS) ficou em segundo lugar na apuração Manuela D'Ávila, do PCdoB.

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