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Bolsonaro: 'Focos de incêndio na Amazônia estão abaixo da média'

Na reunião com os governadores da região amazônica, o presidente reclamou de uma série de projetos para criação de reservas ambientais

Brasil|Do R7

Bolsonaro chamou demarcações de 'psicose'
Bolsonaro chamou demarcações de 'psicose' Bolsonaro chamou demarcações de 'psicose'

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou a reunião com governadores da Amazônia Legal na manhã desta terça-feira (27), em Brasília, para criticar a gestão ambiental de governos anteriores, chamadas por ele de "selvageria" a favor da criação de reservas ecológicas e demarcações de terras indígenas e contra, segundo ele, o desenvolvimento econômico do país.

Bolsonaro afirmou que tem vergonha de ver como estão sendo noticiadas as queimadas na Amazônia. "Eu gostaria que diminuíssem os focos de incêndio, claro, mas está abaixo da média dos últimos anos", afirmou, justificando que a imprensa nacional e internacional tem exagerado na repercussão dos casos.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que agosto registra até o momento 33.405 focos de incêndio na Amazônia Legal, número mais alto desde 2012 (35.263). A média histórica do mês inteiro, 34.431, é realmente maior que a dos últimos 26 dias.

Na reunião, por diversas vezes, o presidente criticou as criações de reservas ecológicas, protegidas da exploração agrícola ou extrativista. Após a fala do governador do Amazonas, Wilson Miranda (PSC), ele reclamou: "Olha aqui, tem praticamente pronta, só faltando assinar, a criação de uma reserva para o sauim-de-coleira, você conhece?", perguntou Bolsonaro. "Não tenho conhecimento com detalhe, mas corrobora a ideia de inviabilizar cada vez mais o desenvolvimento sustentável desse estado", declarou o presidente.

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O saium-de-coleira é um sagui, animal símbolo de Manaus, capital do Amazonas, e está na lista de espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, elaborada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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Bolsonaro citou mais dois projetos de reservas no Mato Grosso (Parque Nacional Taiamã e um no Rio Roosevelt), que, se depender dele, não saem do papel. "Eram coisas de gestões passadas, no meu governo está tudo congelado", afirmou. "Com esse tipo de postura seu estado cada vez mais se inviabiliza. Nós podemos reverter essa situação, levando paz para o campo e progresso", completou o presidente dirigindo-se ao governador Mauro Mendes (DEM). 

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Após o pronunciamento do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), o presidente usou a mesma estratégia para criticar as medidas ambientais, reclamando de projetos de novas reservas indígenas e quilombolas no estado. "Já se extrapolou essa verdadeira psicose no tocante à demarcação de terras aqui no Brasil", declarou Bolsonaro.

Ele disse ainda ser favorável à flexibilização dos garimpos em terras indígenas. "Claro que quero ouvir o Parlamento, não vou fazer nada na canetada", comentou. "Nossa intenção é integrar os índios à sociedade, que é o que muitos deles já querem", garantiu. 

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