Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Bolsonaro indica que tomará cloroquina se for reinfectado pela covid

"Se eu for reinfectado, já tenho meu médico e sei o que ele vai receitar para mim, o que me salvou lá atrás", disse o presidente

Brasil|Do R7

Bolsonaro é defensor da cloroquina
Bolsonaro é defensor da cloroquina Bolsonaro é defensor da cloroquina

O presidente Jair Bolsonaro usou sua live semanal nesta quinta-feira (26) para indicar que se for reinfectado com o coronavírus vai tomar mais uma vez a cloroquina, remédio sem eficácia comprovada contra a covid-19, num momento em que o governo tem um novo ministro da Saúde que defende a importância da ciência no combate à pandemia.

Em uma live atípica por ser mais curta que nos últimos meses, Bolsonaro adotou um tom mais moderado do o que o de costume e tossiu seguidas vezes.

O presidente tem sido duramente criticado pelo Congresso e a sociedade pela falta de ação e os erros do governo federal no enfrentamento à pandemia, uma vez em que o Brasil atravessa sua pior crise, com mais de 2.000 mortes por dia em média.

A insistente defesa de Bolsonaro pelo uso de medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina e a ivermectina, em vez de buscar desde o início as vacinas, é um dos motivos de ataque ao presidente, que recentemente parou de nomear os medicamentos após uma decisão judicial que impediu o governo de promover qualquer tratamento sem embasamento científico.

Publicidade

Ao contrário de transmissões anteriores, Bolsonaro fez apenas uma defesa discreta dos medicamentos, sem citá-los, dizendo que voltará a tomá-los caso seja reinfectado. "Não tem um medicamento certo para isso ainda de forma clara, não existe medicamento para isso, mas o médico tem alternativas e pode salvar a sua vida com essa alternativa", disse o presidente.

"Se eu, por ventura, for reinfectado, eu já tenho meu médico e já sei o que ele vai receitar para mim, o que me salvou lá atrás", acrescentou o presidente, que fez uma forte defesa da hidroxicloroquina quando contraiu a covid-19 no ano passado.

Publicidade

Anteriormente, Bolsonaro costumava alegar que já tinha sido infectado pela doença quanto questionado porque não usava máscara e não mantinha distanciamento social, mas ultimamente o presidente passou a usar máscaras, em uma mudança de posicionamento em meio ao aumento das críticas.

A mudança nesse comportamento do presidente coincide também com a chegada do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que tem defendido a importância da ciência no combate à pandemia, incluindo pontos básicos e simples como, justamente, o uso de máscaras.

Publicidade

Na véspera, em sua primeira entrevista coletiva, Queiroga afirmou que o Brasil tem que "olhar para frente" e buscar o que existe de comprovado, ao ser questionado a respeito do uso da cloroquina.

Na segunda-feira, a AMB (Associação Médica Brasileira) afirmou que a utilização dos medicamentos hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina, nitazoxanida, azitromicina e colchicina deve ser banida do combate à pandemia, destacando que esses remédios não possuem eficácia científica comprovada no tratamento ou prevenção da covid-19.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.