Bolsonaro mantém ministro do Turismo no cargo após indiciamento
Segundo porta-voz, presidente aguardará desenrolar do processo; Marcelo Álvaro Antônio foi indiciado por suposto desvio nas eleições de 2018
Brasil|Do R7
O presidente Jair Bolsonaro pretende manter no cargo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, indiciado nesta sexta-feira (4) pela Polícia Federal por suposto desvio de recursos por meio de candidaturas-laranja nas eleições de 2018. Na ocasião, Marcelo Álvaro presidia o PSL em Minas.
"O presidente da República aguardará o desenrolar do processo. O ministro permanece no cargo", disse o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, ao ser questionado pelo Estadão/Broadcast.
Desde o início das investigações sobre a atuação de Marcelo Álvaro e de seus assessores, Bolsonaro indicou que aguardaria a apuração da PF para definir o futuro do ministro.
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Nos últimos dias, o presidente tomou posição semelhante para justificar a permanência no posto do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), que foi alvo de mandados de busca e apreensão da PF em setembro. Bolsonaro tem dito que é preciso ter algo "mais concreto" contra Bezerra e que ele tem feito um bom trabalho junto aos parlamentares.
Outro argumento repetido no Palácio do Palácio é de que o caso envolvendo Bezerra diz respeito ao passado e não está relacionado à atuação dele como líder do governo. O mesmo se aplica a Álvaro Antônio - que responde por irregularidades relacionadas à campanha eleitoral.
Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que Álvaro Antônio ainda não foi notificado sobre o indiciamento, mas "reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada".
"Assim como vem declarando desde o início da investigação, que teve como base uma campanha difamatória e mentirosa, o ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência", diz o ministério.