Cachoeira garante que não tem envolvimento com casas de jogos ilegais do DF

O bicheiro Carlos Cachoeira, condenado por peculato, corrupção, formação de quadrilha e violação de sigilo, prestou depoimento à PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), nesta segunda-feira (18), negando qualquer tipo de envolvimento com as casas de jogos ilegais de Brasília e da região do entorno do Distrito Federal.

Ele pediu para ser ouvido sobre a Operação Jackpot, que investiga a prática de jogos ilegais no DF e em cidades goianas do entorno como Valparaíso e Cidade Ocidental.

Ele chegou acompanhado do advogado e não quis falar com a imprensa — foi direto para a sala do delegado, onde ficou por cerca de 1h30.

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Como Cachoeira se apresentou espontaneamante, não foi ouvido como um dos intimados da operação. Ele prestou depoimento na condição de quem fazia uma declaração.

De acordo com a defesa de Cachoeira, ele afirmou que não tem nenhuma relação com as mais de 30 casas de jogos ilegais que foram fechadas no DF e no entorno durante a Operação Jackpot — que apreendeu 300 máquinas caça-níqueis e prendeu 60 pessoas.

A polícia afirma que Carlos Cachoeira seria o comandante da rede de jogos de azar. No entanto, o advogado do bicheiro, Cleber Lopes, afirma que seu cliente estava preso no ano passado e por isso não tinha como articular qualquer exploração de jogos ilegais.

— Ele [Cachoeira] diz clara e categoricamente que não tem nenhuma relação com essas máquinas. As pessoas investigadas aqui [no DF], algumas delas ele sequer conhece.

Há duas semanas, Cachoeira começou a ser ouvido na delegacia de Repressão ao Crime Organizado. Mas, por falta de luz, o delegado teve de dispensá-lo.

A Operação Jackpot foi deflagrada em agosto do ano passado, seis meses depois que Cachoeira foi preso pela Polícia Federal, devido às investigações da Operação Monte Carlo.