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Candidatos debatem rombo nas contas públicas e reformas

Segundo bloco do primeiro debate entre os candidatos à Presidência foi marcado por candidatos respondendo perguntas de jornalistas

Brasil|Alexandre Garcia, do R7

Bloco foi marcado por perguntas dos jornalistas
Bloco foi marcado por perguntas dos jornalistas

O segundo bloco do primeiro debate com os candidatos à Presidência foi marcado por perguntas de jornalistas sobre o rombo nas contas públicas do Brasil e as reformas estruturais no país.

Primeira a responder sobre o déficit público, a candidata Marina Silva (Rede) lamentou o congelamento de recursos públicos para saúde e educação, estabelecido por uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) aprovada pelo Congresso Nacional. “Queremos sim resolver o problema do déficit fiscal, mas não vamos fazer isso em prejuízo da saúde e da educação”, afirmou.

Primeiro bloco de debate é marcado por confronto entre candidatos

Ao comentar a fala de Marina, o candidato Henrique Meirelles rebateu a fala da adversária e disse que a dívida pública cresce “em virtude de um déficit de despesas obrigatórias, estabelecidas pela Constituição”, o que resulta em alta de juros, inflação e desemprego.


Reformas

A reforma trabalhista, já aprovada pelo Congresso, e a previdenciária também pautaram as discussões do bloco. Sobre o tema, o candidato Ciro Gomes (PDT) afirma que vai propor uma nova reforma trabalhista e um novo modelo de reforma da Previdência.


Ao comentar a respeito do mesmo tema, Alckmin defendeu as mudanças trabalhistas e avalia que a reformar do sistema de aposentadorias tem que "acabar com o sistema injusto" atual.

“No INSS, o valor da aposentadoria é de R$ 1.391 e, no setor público chega a R$ 28 mil, em média, na Câmara dos Deputados“, afirma.


Violência 

O segundo bloco do debate também teve a violência como ponto central. Ao responder sobre a redução dos homicídios, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) comentou que o Estado reduziu de 13 mil para 3.503 o número de pessoas assassinadas.

“Se tivéssemos reduzido uma vida, já teria valido a pena, mas foram 10 mil”, disse ele, que completa: "Vamos enfrentar duramente o crime organizado integrando as inteligências".

Jair Bolsonaro (PSL) também comentou o tema e afirmou que a violência no Brasil cresce devido a “uma equivocada política de direitos humanos”. Para ele, os policiais “nunca foram tão desvalorizados”.

Bolsonaro ainda recordou o referendo do desarmamento e defendeu o porte legal de armas. “Nós devemos fazer com que a vontade popular se faça presente e o cidadão possa comprar armas de fogo”, diz.

Feminicídio

A respeito do crescimento do feminicídio, Cabo Daciolo (Patriota) disse que o Brasil sofre com a "falta de amor" e afirma que “a pressão para pegar as pessoas que estão cometendo crime contra as mulheres não é enérgico", o que impulsiona os agressores.

Alvaro Dias (Podemos), por sua vez, atribui o aumento da violência contra a mulher e aos brasileiros é fruto de um "sistema corrupto e incompetente". "O aparelhamento do Estado puxa para baixo a qualidade de gestão".

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