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Capitais reúnem 60% de mortes e casos de covid-19 no país, diz estudo

Pesquisa do Programa Cidades Sustentáveis revela que os óbitos nessas cidades são o triplo dos números em relação aos demais municípios do Brasil

Brasil|Cesar Sacheto, do R7

Moradia précária é fator que aumenta incidência da covid-19 nas capitais
Moradia précária é fator que aumenta incidência da covid-19 nas capitais

Um estudo realizado pelo Programa Cidades Sustentáveis, entidade que atua em conjunto com a Rede Nossa São Paulo, revelou que 60% das mortes e dos casos de coronavírus no Brasil ocorreram nas 26 capitais do país. O levantamento, divulgado nesta terça-feira (19), não incluiu Brasília nas estatísticas.

Leia também: Brasil tem mais de 5 milhões de moradias irregulares, diz IBGE

De acordo com os dados coletados - divulgados pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias estaduais -, a mortalidade nessas cidades, que abrigam 22% da população brasileira (cerca de 47 milhões de pessoas), é quase três vezes superior aos números verificados nos demais municípios do território nacional.

No dia 6 de maio, Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Recife (PE) eram as três cidades que apresentavam a maior taxa de incidência do novo coronavírus. Na capital do Ceará, eram 339 casos para cada 100 mil habitantes (16% dos munícipes se encontravam em aglomerados subnormais). Já São Luís possuía 320 casos por 100 mil habitantes e 23% dos munícipes em aglomerados subnormais, enquanto Recife registrava 292 casos na mesma proporção (também 23% em aglomerados subnormais).


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Na mesma data, a cidade de São Paulo registrava 189 casos por 100 mil habitantes e 11,42% da população vivendo em aglomerado subnormais. No Rio de Janeiro, a proporção de casos era de 128 por 100 mil habitantes e 22,16% dos cidadãos em aglomerados subnormais.

Por outro lado, Cuiabá (25 casos por 100 mil habitantes e 9% da população em aglomerado subnormais), Campo Grande (16 casos e 0,2%) e Curitiba (26 casos e 9%) foram as capitais com os menores índices de óbitos e casos confirmados da covid-19, conforme os resultados da pesquisa.


Desigualdades sociais

Entre as principais fragilidades que se evidenciaram em diversos aspectos e resultaram no aumento da disseminação da doença nas cidades brasileiras, os pesquisadores listaram os seguintes fatores: má distribuição de renda; condições de moradia precária; oferta de leitos hospitalares e de UTI; acesso à água e à coleta de esgoto.

O conjunto das informações coletadas pelo estudo deverá constituir o Mapa da Desigualdade entre as Capitais, trabalho que pretende mostrar a relação entre o impacto da covid-19 e as causas estruturantes da desigualdade no país.

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