Cármen Lúcia nega pedido da defesa de Maluf para deixar a prisão
Deputado está na carceram da PF em São Paulo
Brasil|Paulo Lima, do R7
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, negou pedido da defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), para o cumprimento de prisão domiciliar.
Maluf se entregou nesta quarta-feira (20) à Polícia Federal, em São Paulo, após decisão do ministro Edson Fachin, que determinou o cumprimento imediato da pena de 7 anos e 9 meses de prisão numa condenação por lavagem de dinheiro.
Os advogados do deputado pediram a suspensão da aplicação da pena até o julgamento definitivo de outro recurso contra a condenação a ser apresentado ao STF.
A defesa também alegou a idade avançada, 86 anos, e o estado de saúde do ex-prefeito e ex-governador. Paulo Maluf foi condenado por lavagem de dinheiro que teria desviado dos cofres públicos quando foi prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996.
O advogado de Maluf, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, enviou uma nota à imprensa para falar sobre a decisão da ministra Cámen Lúcia.
"A defesa recebeu a decisão da ministra Presidente, que negou a suspensão da decisão de prisão do Dr. Paulo, com o respeito devido, mas com profunda apreensão. Entende a defesa que tem o direito claro de ter os Embargos Infringentes analisados pelo Pleno. Apresenta esta discussão, que tem séria repercussão juridica, até porque senão o Dr. Paulo tera sido condenado sem o direito ao segundo grau de jurisdição, o que é inconstitucional é teratológico. A apreensão se deve ao estado de saúde do Deputado. A defesa vai até onde pode ir, sempre com ética e usando o legítimo direito de esgotar todos os recursos em nome do cliente e da liberdade. O Pleno do Supremo dirá a última palavra."