O presidente do parlamento do Mercosul (Parlasul), Tomás Enrique Bittar, anunciou nesta segunda-feira (20) que uma comissão do órgão viajará para Roraima para acompanhar a crise provocada pela migração de venezuelanos em direção ao Brasil. "Votamos em plenário e obtivemos maioria absoluta para acompanhar a situação com duas grandes equipes de trabalho das comissões de Direitos Humanos e Assuntos Internacionais", explicou o paraguaio. "A situação está cada vez pior. É justo, necessário e obrigatório que o parlamento do Mercosul esteja presente", continuou Bittar. O deputado paraguaio fazia referência à situação ocorrida no fim de semana, quando brasileiros, revoltados com um assalto registrado em Pacaraima, na fronteira entre os dois países, resolveram atacar os acampamentos dos venezuelanos e expulsar parte deles do Brasil. Em entrevista coletiva, o deputado argentino Oscar Laborde afirmou que parlamentares de diferentes países expressaram também preocupação com a tentativa de assassinato contra Nicolás Maduro. "Foi muito grave a possibilidade real de um presidente eleito pelo voto do povo morrer. Essa é uma razão pela qual fazemos um forte chamado para que todos não abadonem a democracia", disse. EFE