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Consulta pública sobre vacinação infantil tem problemas nesta sexta

Usuários recebem mensagem de que "número máximo de pessoas" já havia respondido ao formulário e não conseguem enviar dados

Brasil|Do R7

Instabilidade relatada por usuários em consulta pública no site do Ministério da Saúde
Instabilidade relatada por usuários em consulta pública no site do Ministério da Saúde

O formulário para consulta pública sobre a vacinação de crianças, disponibilizado pelo Ministério da Saúde às 23h59 da quinta-feira (23), apresentou instabilidades na manhã desta sexta-feira (24). Usuários de todo o país registraram por meio das redes sociais problemas para acessar o documento. 

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Eles relataram dificuldades para realizar o envio das respostas à Consulta Pública Secovid/MS nº 01/2021. Ester Araújo Andrade Evangelista compartilhou nas redes sociais um alerta com a mensagem de que "o número máximo de pessoas já respondeu a este formulário".

Por volta das 11h30, a reportagem do R7 tentou acessar o segundo formulário disponibilizado pelo site, e o processo foi concluído com êxito.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também disse que enfrentou problemas ao tentar responder às perguntas sobre a vacinação infantil. "Fui opinar na consulta pública do @minsaude contra a obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, porém fui informado que o número máximo de pessoas já havia preenchido o formulário", escreveu.


A usuária Verenice, de Sorocaba, interior de São Paulo, disse que preencheu todo o questionário e ao enviar as respostas se deparou com a mesma mensagem. "Consulta falsa. Já tem até o resultado", compartilhou no twitter.

O empresário Thiago Silva também relatou falhas ao acessar o site. "A consulta pública sobre vacinação de crianças, aberta hoje, já está com problemas. Ao concluir o preenchimento, o site acusa que 'o número máximo de pessoas já respondeu'."


O usuário José Silveira Leite compartilhou a mensagem sobre a impossibilidade de registrar as respostas no formulário. "Não tem como votar na pesquisa sobre a obrigatoriedade da vacinação em crianças."

O estudante de economia Victor Andreoni também registrou o problema. "Como que o @minsaude abre ontem de noite uma consulta pública sobre vacinação de crianças (o que por si só já é ridículo), aí chega hoje antes de meio-dia e o limite máximo de respostas já foi atingido? Esse governo é uma vergonha."


Na manhã desta sexta-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avisou por meio de sua conta no Twitter que a consulta pública sobre a vacinação de crianças havia sido disponibilizada. "Colocamos no ar a consulta pública sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. A consulta visa proporcionar transparência sobre as ações do @govbr para toda a população, em especial aos pais, para que tenham segurança sobre as medidas que o governo venha a implementar."

O Ministério da Saúde informou à reportagem que, "devido ao grande interesse da população na consulta pública sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, foi necessária a migração para a plataforma Gov.br, que já possui a base do cadastro dos brasileiros." A pasta disse ainda que as participações já registradas no sistema serão avaliadas e serão objeto de análise por uma área técnica.

Vacinação infantil

O Ministério da Saúde abriu, nesta quinta-feira (23), consulta pública sobre a vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes de 5 a 11 anos. A medida segue até o dia 2 de janeiro. A decisão de inclusão ou não dessa faixa etária no PNI (Programa Nacional de Imunizações) vai ocorrer, por sua vez, em 5 de janeiro.

O ato, que fixa o prazo para registro das contribuições até 2 de janeiro, foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) da última quarta-feira (22) e é assinado pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite.

"Não é uma eleição para saber quem quer e quem não quer. É ouvir a sociedade. Depois, essas contribuições são analisadas pela área técnica, se faz uma audiência pública, em que se discutirá o aprofundamento desse assunto, e, após, o ministério fará as suas considerações ou recomendações", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na última segunda-feira (20).

O uso da vacina contra a Covid-19 da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos de idade foi aprovado na quinta-feira (16) pela Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária). Segundo o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da instituição, Gustavo Mendes, a segurança do imunizante e o número de infectados nessa faixa etária foram determinantes para a aprovação. A imunização será feita em duas doses, com intervalo de três semanas entre elas.

Os membros da CTAI Covid-19 (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19), ligada ao Ministério da Saúde, emitiram, por unanimidade, um parecer favorável ao uso da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Na análise, os técnicos destacaram a importância da proteção dessa faixa etária, que registrou 6.163 casos e 301 mortes pela doença desde o início da pandemia.

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