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CPI quebra sigilo de Pazuello e de diretor exonerado do ministério

O pedido foi feito pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues, após novas denúncias

Brasil|Do R7, com Agência Senado

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello

A maioria oposicionista na CPI da Covid conseguiu aprovar nesta quarta-feira (30) a quebra dos sigilos telefônico, bancário, fiscal e telemático do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do diretor exonerado do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. O pedido partiu do vice-presidente da comissão, senador Rendolfe Rodrigues (Rede-AP), e o requerimento foi do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), respectivamente.

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O ex-diretor de Logística do ministério Roberto Dias foi denunciado por um representante de empresa que relatou ter sido pressionado por ele para pagar propina na compra da vacina Astrazeneca/Oxford. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (30).

O caso foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo, que entrevistou Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply. Ele relatou ter recebido a proposta de propina em encontro informal com Roberto Dias, para tratar de compra de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca/Oxford.


Outras quebras

A CPI já havia aprovado em 10 de junho a transferência de dados telefônicos e telemáticos (qualquer envio de dados pela internet) de inúmeras pessoas que em algum momento foram ligadas ao governo federal. Entre os nomes estavam os dos ex-ministros Pazuello e das Relações Exteriores Ernesto Araújo.


Dois dias depois, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, negou o apelo de Pazuello, da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, e do ex-ministro Ernesto Araújo contra a quebra de sigilo.

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Denúncia no Rio


O senador Randolfe Rodrigues pretende investigar, no caso de Pazuello, uma denúncia sobre militares do ministério que escolheram, sem licitação, empresas para reformar prédios antigos no Rio de Janeiro. E, para isso, usaram a pandemia como justificativa para considerar as obras urgentes. 

"Foram identificadas dispensas de licitação a duas empresas contratadas para reformas de galpões na zona norte da capital e para a reforma na sede do Ministério da Saúde no estado do Rio de Janeiro", explicou. 

Ainda segundo o senador, o general Eduardo Pazuello reforçou a presença de militares na Superintendência Estadual do Ministério no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele nomeou o coronel da reserva George Divério para chefiar a instituição no estado. "Em novembro, num período de dois dias, Divério autorizou duas contratações sem licitação que somam cerca de R$ 28,8 milhões", esclareceu. 

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