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Delegados da PF classificam pedido do STF como 'mais contundente violência desde redemocratização'

Ministro Dias Toffoli determinou sigilo sobre Operação Ararath, que investiga políticos no MT

Brasil|Do R7

Associação disse que determinação do STF causou "perplexidade e indignação" entre os delegados da Polícia Federal
Associação disse que determinação do STF causou "perplexidade e indignação" entre os delegados da Polícia Federal

A ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal) emitiram uma nota oficial nesta quarta-feira (21) para repudiar a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), da última terça-feira (20), para manter sigilo sobre as informações da Operação Ararath, deflagrada pela PF (Polícia Federal) no Mato Grosso.

A ação apura esquema milionário de desvio de recursos e lavagem de dinheiro, com uso de empresas de "factoring". A recomendação para o STF determinar silêncio quanto aos dados da operação no MT partiu do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. A determinação para a PF não falar foi dada pelo ministro Antonio Dias Toffoli.

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Os delegados federais classificaram a atitude do Judiciário como "a mais contundente violência sofrida pela instituição desde a redemocratização do Brasil". Segundo o comunicado, a medida "causou grande perplexidade e indignação entre os Delegados da Polícia Federal", porque a operação foi "bem sucedida e dentro da normalidade".


— A sociedade brasileira merece saber o que tornou tão singular a execução da quinta fase dessa operação com relação a tantas outras operações em tramitação no Supremo Tribunal Federal. Afinal, o que seria capaz de transformar o chefe do Ministério Público da União em um verdadeiro "Censor Geral da República".

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A nota da ADPF também alerta que "é preciso ficar mais claro, os reais motivos que levam um Ministro da mais alta corte brasileira aceitar os argumentos do Ministério Público Federal e impedir que a imprensa, seja devidamente informada sobre o trabalho da Polícia Federal, uma instituição respeitada e admirada por todos os brasileiros".

— Assim, ao que parece, a "lei da mordaça", tão combatida pelo próprio Ministério Público, passa a ser defensável quand o a vítima é a Polícia Federal do Brasil, uma instituição republicana, que sempre busca desenvolver suas missões com seriedade, eficiência e transparência, independente de quem esteja envolvido, direta ou indiretamente, com o crime.

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