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Demissionária desde março, Suzana Guerra deixa IBGE nesta sexta (9)

Executiva pediu exoneração em março, um dia após Congresso aprovar corte orçamentário de 96% no Censo Demográfico

Brasil|

Suzana Cordeiro Guerra pediu exoneração do IBGE em 26 de março
Suzana Cordeiro Guerra pediu exoneração do IBGE em 26 de março Suzana Cordeiro Guerra pediu exoneração do IBGE em 26 de março

A presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Suzana Cordeiro Guerra, vai deixar oficialmente o cargo nesta sexta-feira (9). Ela pediu exoneração no mês passado, um dia após o Congresso Nacional aprovar um corte orçamentário de 96% no Censo Demográfico previsto para este ano, inviabilizando o levantamento. O nome do sucessor de Susana ainda não foi divulgado, mas nos bastidores há esforços pela nomeação de um nome técnico, que já esteja familiarizado com o funcionamento do instituto.

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Em um de seus últimos atos à frente do instituto, ela assinará nesta quinta (8) um acordo com a ONU (Organização das Nações Unida) que torna o Brasil um dos cinco países do mundo administrador de uma plataforma digital de processamento de dados estatísticos e geocientíficos. Além do Brasil, somente China, Emirados Árabes, Ruanda e um representante europeu ainda não anunciado têm acesso a essa ferramenta, que facilitará a divulgação e o intercâmbio de informações .

Com o acordo, Susana espera abrir as portas do órgão, que viraria um hub de big data, não apenas para a modernização da produção de conteúdo como para futuros financiamentos, que poderiam inclusive ajudar na viabilização do Censo Demográfico.

A cerimônia de assinatura terá adesão do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), embora não envolva transferência de recursos financeiros, mas sim de tecnologia e de treinamento para tratamento de dados.

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"Por conta da pandemia, outros órgãos de estatística estão passando por dificuldades análogas e gerando soluções em tempo real. Então, isso abriu um espaço tremendo para uma cooperação multilateral. E essa cooperação internacional visa essa abertura e também é uma alavanca para o IBGE continuar levantando recursos com outros órgãos para que consiga levar adiante outros projetos de tecnologia e modernização que serão cruciais em um período tanto de pandemia mais branda, mas também de restrição orçamentária", contou Susana.

Segundo fontes ligadas ao instituto, a escolha da ONU foi um desdobramento do aprendizado do órgão durante a pandemia, com novos processos de trabalho que podem ser aproveitados para a realização do censo.

O primeiro é um modelo misto de coleta, que passa do presencial e online para agora também telefônico. Os cadastros de endereços também foram aperfeiçoados. O acesso e tratamento de dados cadastrais de beneficiados pelo auxílio emergencial pago pelo governo federal já permitiram ao IBGE um mapeamento remoto de grande parte dos domicílios a serem visitados, e equipamentos de segurança sanitária seriam adquiridos para permitir as visitas domiciliares.

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