Dilma anuncia sete novos ministros
Patrus Ananias e Ricardo Berzoini estão na lista; equipe já tem 24 ministros confirmados
Brasil|Bruno Lima, do R7, em Brasília

Após passar quatro dias descansando na Ilha dos Frades, na Bahia, a presidente Dilma Rousseff retornou a Brasília nesta segunda-feira (29) e anunciou sete dos 22 ministros que ainda faltavam para completar a equipe do seu novo mandato em 2015.
Em nota oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a presidente formalizou os nomes de Antonio Carlos Rodrigues (Transporte), Gilberto Occhi (Integração), Miguel Rossetto (Secretária Geral), Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Carlos Gabas (Previdência).
Berzoini já ocupava a pasta das Relações Institucionais, Rosseto a do Desenvolvimento Agrário e Occhi o ministério das Cidades. Deixaram o governo Francisco Teixeira (Integração), Garibaldi Alves (Previdência Social), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Paulo Bernardo (Comunicações) e Paulo Sérgio Passos (Transportes).
Cinco dos sete anunciados são do PT, partido da presidente, são eles: Miguel Rossetto, Patrus Ananias, Pepe Vargas Ricardo Berzoini e Carlos Gabas. Gilberto Occhi é do Partido Progressista (PP). Nos Transportes haverá um troca de bastão dentro do Partido da República (PR), entre o economista Paulo Sérgio Passos e o vereador Antonio Carlos Rodrigues, ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo.
Os nomes dos últimos 15 ministros deverão ser anunciados antes da próxima quinta-feira (1), data da posse do novo mandato da presidente.
Primeiro escalão
Na última semana, a presidente já havia confirmado os novos mandatários de 13 pastas, incluindo aquelas consideradas de primeiro escalão, como a Educação, Defesa e Minas e Energia.
Dos ministérios já definidos, o PMDB, maior partido da base aliada ao governo, conseguiu o maior número de pastas na Esplanada, com seis no total. Entre eles estão o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) para Minas e Energia, o deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) para a Secretaria de Portos e o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) para a Secretaria de Aviação Civil.
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) vai assumir o Ministério da Agricultura, mesmo depois de protestos de movimentos sociais, que temem que a presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária) paralise de vez o processo de reforma agrária.
Completando a cota peemedebista está Hélder Barbalho (PMDB-PA) na Pesca. Hélder é filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Ele perdeu as eleições ao governo do Pará em outubro deste ano. Os nomes foram acertados entre Dilma e o vice-presidente, Michel Temer (PMDB).
O PT perdeu uma vaga importante no governo, o Ministério da Educação, que desde a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era administrado pela legenda, será comandado pelo governador do Ceará, Cid Gomes (Pros-CE).
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT-BA), foi indicado para o Ministério da Defesa, substituindo Celso Amorim. Com os cinco nomes anunciados nesta segunda (29), o partido da presidente já tem seis vagas garantidas na Esplanada dos Ministérios.
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, presidente do PSD, foi confirmado como ministro das Cidades, em substituição a Gilberto Occhi, funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal.
Quem continua no primeiro escalão do governo é Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que deixa os Esportes para assumir a pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Faltando pouco mais de um ano para as Olimpíadas 2016, quem assume o ministério dos Esportes é o deputado federal George Hilton (PRB-MG).
Dilma já havia anunciado sua equipe econômica e indicado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento o senador Armando Monteiro (PTB-PE) para o Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e confirmado a permanência do atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no cargo.
A posse deles será dia 1º de janeiro junto com a presidente. Confira a lista completa dos 24 ministros já confirmados:
1. Aldo Rebelo (Ciência, Tecnologia e Inovação);
2. Cid Gomes (Educação);
3. Edinho Araújo (Secretaria de Portos);
4. Eduardo Braga (Minas e Energia);
5. Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil).
6. George Hilton (Esporte);
7. Gilberto Kassab (Cidades);
8. Helder Barbalho (Secretaria de Aquicultura e Pesca);
9. Jacques Wagner (Defesa);
10. Kátia Abreu (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento);
11. Nilma Lino Gomes (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial);
12. Valdir Simão (Controladoria Geral da União);
13. Vinicius Lajes (Turismo);
14. Joaquim Levy (Fazenda);
15. Nelson Barbosa (Planejamento);
16. Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e
17. Alexandre Tombini (Banco Central).
18. Antonio Carlos Rodrigues (Transporte)
19. Gilberto Occhi (Integração)
20. Miguel Rossetto (Secretária Geral)
21. Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário)
22. Pepe Vargas (Relações Institucionais)
23. Ricardo Berzoini (Comunicações)
24. Carlos Gabas (Previdência)