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Dilma assume articulação política e tenta controlar crise

Nesta quinta-feira, a presidente almoçou com os senadores mais influentes do PMDB

Brasil|Do R7

Principal preocupação de Dilma é a compra da refinaria de Pasadena
Principal preocupação de Dilma é a compra da refinaria de Pasadena

Cobrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (4) para que atue politicamente e tente neutralizar o impacto da iminente instalação da CPI da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff chamou, na quinta-feira (10) para um almoço no Palácio da Alvorada os senadores mais influentes do PMDB.

Eles esles estava seu principal aliado: o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), além do líder do governo, Eduardo Braga (AM), do líder do partido, Eunício Oliveira (CE), e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Vital do Rêgo (PB).

O script anticrise incluiu a promessa a Eunício Oliveira que fará de tudo para garantir a ele a vaga na disputa para o governo do Ceará na coligação composta pelo PT e pelo PROS dos irmãos Cid e Ciro Gomes, uma reivindicação antiga do PMDB.

Renan Calheiros se curva aos interesses do Planalto, critica Aécio


Uma das principais preocupações de Dilma com a CPI da Petrobras está relacionada à compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Em 2006, quando era presidente do Conselho de Administração da estatal, ela ajudou a aprovar a aquisição de 50% unidade. Depois, se opôs à compra de 100% da refinaria. Esse é o ponto de partida da oposição no Senado. Vital do Rêgo, que esteve ontem com a presidente, ajudou a ampliar o escopo da comissão na quarta-feira (9) — incluindo entre os assuntos a serem investigados o cartel no Metrô em São Paulo e suspeitas de irregularidades no Porto de Suape, em Pernambuco. O objetivo é desgastar os adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

No almoço, a presidente pediu ainda empenho dos peemedebistas para aprovar o Marco Civil da Internet no Senado na semana que vem. A ideia é que ela sancione a lei antes da conferência internacional sobre governança na internet, marcada para os dias 23 e 24, em São Paulo.


Dilma quer usar a lei que regulamenta a internet para dar uma resposta à espionagem feita pela agência americana NSA em seu governo. Os senadores prometeram votar a proposta já na semana que vem.

TCU. A presidente fez ainda consultas sobre o novo nome a ser indicado para o TCU (Tribunal de Contas da União) pelo Executivo. A indicação do senador Gim Argello (PTB-DF) foi tão combatida dentro e fora da corte que ele se viu obrigado a abrir mão de suas pretensões. Haverá duas vagas no tribunal, uma que cabe ao Senado a nomeação, e outra ao Palácio do Planalto. Argello entraria como um nome do Senado. Dilma perguntou aos senadores se, na vaga do Executivo, haveria clima para a indicação da ministra Ideli Salvatti (Direitos Humanos). Ouviu, como resposta, que não deverá haver problemas quanto à aceitação de Ideli.


Os peemedebistas, porém, levaram para ela um nome para o lugar de Argello: Bruno Dantas, ex-consultor Jurídico do Senado, que atualmente está no Superior Tribunal de Justiça. Trata-se de uma indicação do senador José Sarney (PMDB-AL), de quem foi consultor jurídico no Senado, quando presidia Casa. Gim Argello foi alvo de manifestações por funcionários do TCU contrárias à sua indicação e provocou reações até mesmo do presidente do Tribunal.

Apoio

A presidente ainda fez gestos pela manhã aos movimentos sociais, que ao longo do seu mandato se queixaram do distanciamento de Dilma. Em um encontro que durou uma hora e meia, ela conversou com representantes do Movimento Passe Livre e de outros movimentos sociais, como UNE (União Nacional dos Estudantes), MST (Movimento dos Sem Terra), Fora do Eixo e Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).

Segundo os presentes, Dilma foi assertiva ao dizer que não iria reprimir manifestações neste ano.

— A luta não se foca só nos parlamentos, precisa de mobilização das ruas.

Dilma comparou o engajamento dos jovens ao movimento pelas Diretas-Já.

— Digerimos a ditadura indo à rua, indo à briga.

Ainda ontem, Dilma gravou uma série de mensagens em vídeo para serem apresentadas em inaugurações de entrega de projetos do Minha Casa, Minha Vida, e em formaturas de turmas do Pronatec, programa de ensino técnico. Esses são duas das principais vitrines da campanha da presidente à reeleição. Para cada cidade, ela fez uma gravação. Com isso, acha que pode suprir a ausência em eventos onde não poderá estar presente.

Dilma vai avançar também em Estados de seus futuros adversários. Na quarta-feira (16), ela irá a Pernambuco, para o lançamento da viagem inaugural do Navio Dragão do Mar, no Porto de Suape.

Adesão. Na noite de anteontem, a presidente recebeu em seu gabinete, no Planalto, o apoio formal do PDT à sua candidatura à reeleição. O apoio foi levado pelo presidente do partido, Carlos Lupi, acompanhado do ministro do Trabalho, Manoel Dias, e de parlamentares da bancada. Dilma disse que aquela era uma "boa notícia". O PDT vinha negociando o apoio a Dilma para sustentar o ministro Manoel Dias no cargo.

Trata-se da segunda sigla da base aliada a anunciar o apoio oficial ao projeto de reeleição da petista. O primeiro foi o PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. O anúncio de Kassab ocorreu no final do ano passado, quando ele passou a ser alvo de suspeitas ligadas à atuação da chamada Máfia do ISS na capital paulista durante a sua gestão. O anúncio do PDT ocorre em meio a suspeitas ligadas à gestão da sigla no Trabalho.

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