Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Em depoimento à Justiça, Pizzolato reclama de “tratamento desumano”

Ex-diretor do Banco do Brasil afirmou que fugiu do País para “salvar a vida”

Brasil|Da Agência Brasil

Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão

Em depoimento prestado nesta terça-feira (2) à Justiça Federal, em Brasília, o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, reclamou do tratamento que os presos recebem no Brasil. Ele disse que tem sido submetido a um “tratamento desumano”. Com mais detalhes, citou o transporte que o levou da prisão até o prédio da Justiça Federal.

— Esse sistema de transporte para os prisioneiros, além de desumano, só pretende humilhar as pessoas e torturá-las. Não há condição de uma pessoa de 64 anos se manter dentro de uma viatura com as mãos algemadas para trás, sem nenhum banco de apoio, dando cabeçada nas paredes e passando mal.

Ele chegou ao prédio da Justiça Federal às 15h20 e entrou de cabeça baixa, semblante abatido e com as mãos para trás, algemadas. O ex-diretor do Banco do Brasil estava cercado por um grupo de policiais responsáveis por sua escolta. No depoimento, ele afirmou que saiu do Brasil para “salvar a vida”.

— A defesa da vida é a coisa mais digna. Para salvar minha vida, usei de todos meios possíveis. Isso o Brasil reconheceu na corte italiana”.

Publicidade

Leia mais notícias de Brasil no R7

O ex-diretor foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 12 anos e sete meses de prisão. Pizzolato foi condenado por lavagem de dinheiro e peculato, mas, por ter dupla cidadania, fugiu para a Itália em setembro de 2013, antes do fim do julgamento. Ele foi preso em fevereiro do ano passado em Maranello, na Itália.

Publicidade

Em outubro do ano passado, a Corte Europeia de Direitos Humanos rejeitou a última tentativa de recurso de Pizzolato contra sua extradição para o Brasil. No recurso protocolado na corte, a defesa de Pizzolato, como nas demais ações contra a extradição, voltou a alegar que os direitos humanos não são respeitados nos presídios brasileiros. O argumento foi usado pela defesa para pedir que o ex-diretor do Banco do Brasil continuasse na Itália.

Em 2014, Pizzolato foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) em Santa Catarina pelo crime de falsidade ideológica — produção de documentos com informações falsas. Como sua extradição ocorreu exclusivamente para cumprimento da pena prevista na Ação Penal 470, o processo do mensalão, ele só pode responder à denúncia do MPF se a Justiça italiana autorizar.

Acompanhe todo o conteúdo da Rede Record no R7 Play

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.