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Empresário diz que Marcos Valério mentiu para incriminar Lula

Ronan Maria Pinto, segundo o publicitário, teria afirmado que ex-presidente havia mandado matar o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel

Brasil|Marcos Rogério Lopes, do R7

Ronan Maria Pinto chantageou PT em caso Celso Daniel
Ronan Maria Pinto chantageou PT em caso Celso Daniel

O empresário Ronan Maria Pinto desmentiu a afirmação do publicitário Marcos Valério, que afirmou ao Ministério Publico que o ex-presidente Lula é um dos mandantes da morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André. 

"Não é de hoje que Marcos Valério, com o objetivo único de alcançar uma colaboração premissa, propaga mentiras como as de hoje”, afirmou Ronan Maria Pinto em nota enviada por seu advogado, Fernando José da Costa.

Leia mais: Relembre personagens do caso Celso Daniel que já morreram

Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (25) pela revista Veja, que teve acesso ao depoimento do publicitário ao Ministério Público de Minas Gerais, Marcos Valério afirmou que Ronan, quando exigiu dinheiro para ficar calado, declarou que não ia "pagar o pato" sozinho e que iria citar o presidente Lula como "mandante da morte" do prefeito de Santo André. 


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Celso Daniel foi executado a tiros depois de ser sequestrado em 2002. A Polícia Civil sempre tratou o caso como um crime sem motivação política. 

Valério teria dito também, depois de pagar a chantagem de Ronan, que conversou sobre o assunto com Lula. "Eu virei para o presidente e falei assim: Resolvi, presidente. Ele falou assim: 'Ótimo, graças a Deus’."


Ronan Maria Pinto foi preso em 2017 pelo envolvimento em um esquema de corrupção instalado no setor de transportes públicos de Santo André durante a gestão do ex-prefeito Celso Daniel, mas foi autorizado pela Vara das Execuções Penais de Curitiba a ir para o regime semiaberto em março de 2019. Ele dorme na cadeia e usa tornozeleira eletrônica.

De acordo com as investigações da força-tarefa da Lava Jato, Ronan recebeu R$ 6 milhões do esquema de corrupção na Petrobras. A quantia foi repassada por meio de um empréstimo de R$ 12 milhões feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai junto ao Banco Schahin. Os outros R$ 6 milhões teriam sido destinados a campanhas eleitorais com apoio do PT.

Em seus depoimento ao juiz Sergio Moro, Ronan negou qualquer chantagem ou relação com o PT e com o operador do mensalão Marcos Valério. Ele também declarou que os R$ 6 milhões que recebeu da Remar Agenciamento e Assessoria não tinham ligação com o empréstimo do Banco Schahin ao partido.

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