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Ex-ministro durante o regime militar, Delfim Netto falará à Comissão da Verdade da capital paulista

Economista atuou à frente do Ministério da Fazenda e foi signatário do Ato Institucional nº 5

Brasil|Do R7


Delfim Netto assinou o AI-5, que endureceu o regime militar no País
Delfim Netto assinou o AI-5, que endureceu o regime militar no País

O economista e ex-ministro Antonio Delfim Netto vai comparecer perante a Comissão Municipal da Verdade da cidade de São Paulo no próximo dia 25. Ele aceitou o convite do presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini (PV), para prestar depoimento sobre o esquema que teria sido montado por um grupo de empresários paulistas para financiar órgãos da repressão durante a ditadura militar.

Delfim foi ministro da Fazenda entre 1967 e 1974 e figura na lista dos signatários do Ato Institucional nº 5, que resultou no endurecimento do regime, em dezembro de 1968. Era um dos ministros mais poderosos da ditadura quando, no fim da década de 1960, empresários paulistas passaram a reunir fundos para financiar a Operação Bandeirantes — organização que depois daria lugar ao DOI-Codi, o serviço de informações e repressão vinculado ao 2º Exército.

— O ex-ministro tem sido citado como pessoa que transitava nos meios empresariais que arrecadavam recursos financeiros para financiar o aparato da repressão", diz o vereador Natalini. "Na comissão municipal, nós queremos esclarecer qual foi o papel desses empresários, com os quais o Delfim muito provavelmente mantinha contatos.

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Delfim foi um dos responsáveis pelo chamado "milagre econômico", no início da década de 1970. Com 85 anos, é professor emérito da Faculdade de Economia e Administração da USP.

Desde o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ele tem assessorado informalmente o Planalto. Apoia a política econômica da presidente Dilma Rousseff.


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Antes de ser chamado pelo governo militar, o economista foi secretário da Fazenda no governo de Laudo Natel. Após a redemocratização, foi eleito deputado federal por cinco mandatos consecutivos. Não conseguiu se reeleger, porém, em 2006.

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