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Favorito, Eduardo Cunha costura apoio de partidos e deputados para chegar à presidência da Câmara

Líder do PMDB na Casa, que oficializa candidatura hoje, promoveu jantares em busca de apoio

Brasil|Bruno Lima, do R7, em Brasília

Agenda dos próximos dias incluem jantares com deputados e viagens para os Estados
Agenda dos próximos dias incluem jantares com deputados e viagens para os Estados

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está caminhando a passos largos na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Anunciada com quatro meses de antecedência, a pré-candidatura do líder do partido na Casa já ganhou apoio de sua bancada, do PTB, PR, PSC e Solidariedade. Essas legendas terão 152 deputados na legislatura que toma posse em fevereiro. Hoje à tarde, ele oficializará sua candidatura.

Desde que foi reconduzido à liderança do partido em outubro, Cunha vem construindo alianças para se eleger em fevereiro. Nesta semana, o deputado esteve reunido com a Frente Parlamentar Evangélica e com líderes do PRB.

Além disso, Cunha está realizando semanalmente jantares às terças e quartas-feiras com aliados e deputados de outros partidos onde são apresentadas suas propostas. Entre elas está a defesa da equiparação salarial dos deputados aos rendimentos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que é o teto do funcionalismo público.

O deputado Lúcio Lima (PMDB-BA) está confiante com a campanha e avalia que os encontros estão garantindo o apoio de que Cunha precisa para se eleger. Lima também avalia que a candidatura do líder peemedebista deve ganhar votos de dissidentes da base governista que estão insatisfeitos com o governo.


— Está tendo 30 parlamentares, em média, em cada jantar. Cada um vai levando dois, três deputados. Ele é um nome independente. A Casa quer uma candidatura que não venha do Planalto e que também não seja de oposição.

Um dos encontros foi realizado no apartamento funcional do deputado Newton Cardoso (PMDB-MG), em Brasília. Estavam presentes 24 deputados de diferentes partidos. O jantar foi dedicado a ganhar apoio da bancada mineira e, no discurso, Eduardo Cunha pediu aos parlamentares um voto de confiança para comandar a Câmara dos Deputados com pulso firme.


O deputado Newton Junior (PMDB-MG), eleito em outubro, esteve presente. Ele avalia que o encontro foi importante para a aproximação de Cunha com os novos deputados que tomarão posse em 2015.

— Ele falou no orgulho de ser deputado e pediu nosso apoio. Tinham deputados reeleitos e os que ainda vão tomar posse. Isso é bom.


Na agenda de campanha também constam viagens aos estados de deputados eleitos que tomarão posse na próxima legislatura. A estratégia é conquistar o voto dos novos deputados ainda nos seus Estados de origem, antes da posse. E, para isso, Cunha conta com a ajuda de parlamentares mais experientes.

Na próxima semana, o destino será o Sul do País. Cunha estará na quinta-feira (4) no Paraná e na sexta-feira (5) em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) é o responsável por organizar o encontro de Cunha com os deputados gaúchos que farão parte da bancada a partir de 2015.

— Todos os deputados do Rio Grande do Sul serão convidados independentemente do partido. A eleição está encaminhada. A Casa precisa de um equilíbrio de poderes e a candidatura dele é independente, tem autonomia.

No dia 12 de dezembro, Cunha deve desembarcar em Minas Gerais. O itinerário será o mesmo: encontrar os deputados que vão compor a bancada mineira nos próximos quatro anos. A reunião deverá ser feita pela manhã. 

Enquanto isso...

Ao que tudo indica, o acordo feito entre as duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados, PT e PMDB, de se revezarem no comando dos trabalhos chegou ao fim. O PT já se movimenta para também escolher um candidato. Com a retirada de Marco Maia (PT-RS) da disputa, as apostas se voltam para Arlindo Chinaglia (PT-SP).

A sigla criou uma comissão de deputados para negociar com os demais partidos um nome de consenso. No entanto, o deputado José Guimarães (PT-CE), que faz parte do grupo, revelou que o assunto ainda não chegou a ser discutido

— Não temos nenhum nome ainda. Vamos começar a tratar disso na segunda-feira (1º).

O único nome certo na disputa à presidência da Câmara com Cunha é o de Júlio Delgado (PSB-MG). Diante da movimentação de Eduardo Cunha, o PSB tenta reunir partidos de oposição em torno do nome de Delgado. Em 2013, o parlamentar foi o segundo mais votado para o cargo e recebeu 165 votos.

O líder do partido na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), defendeu a candidatura do companheiro de partido e disse que Delgado seria uma alternativa ao rodízio que acontece entre o PMDB e o PT.

— Tanto o PT quanto o PMDB não serão independentes em relação ao governo. Serão sujeitos ao governo. Mesmo o Eduardo Cunha.

Apesar de descartar a possibilidade de lançar candidatura própria, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), é cauteloso ao comentar o tema e afirmou que o partido ainda não decidiu quem apoiar. 

— Ainda não tem nada definido. Vamos esperar para ver o que acontece.

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