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Fotógrafo Gervásio Baptista morre aos 95 anos em Brasília

Fotógrafo por mais de meio século, registrou os principais momentos da história recente brasileira e raridades estrangeiras

Brasil|da Agência Brasil

Gervásio Baptista fotografava no STF e na EBC até o fim de 2015
Gervásio Baptista fotografava no STF e na EBC até o fim de 2015

O fotógrafo Gervásio Baptista morreu hoje (5) por volta das 8h em Brasília aos 95 anos. A informação foi confirmada pelo filho Júlio Baptista.

Ícone do fotojornalismo brasileiro, Gervásio captou com suas lentes a famosa foto de Juscelino Kubitschek acenando com a cartola para o povo na inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960.

A família aguarda a chegada da filha de Gervásio, Selma Baptista, que estava em Madri, para definir detalhes sobre o velório. A cerimônia deve ocorrer na capital federal, no Cemitério Campo da Esperança. Em seguida, o corpo será cremado e as cinzas serão levadas ao Rio de Janeiro para serem espalhadas na Baía de Guanabara.

O fotógrafo Gervásio Batista, de 95 anos, é homenageado pela Associação Baiana de Imprensa (ABI) com a Medalha do Mérito Jornalístico.


Gervásio Baptista por Gervásio Baptista, ou uma selfie
Gervásio Baptista por Gervásio Baptista, ou uma selfie

“Ele manifestou em vida que fizéssemos os mesmos procedimentos que fizemos com minha mãe”, contou o filho. “A ficha ainda não caiu. Mesmo que eu já viesse me preparando há tanto, tanto tempo. Ouvia ele dizer que já estava cansado, que queria muito partir. A gente acha que está preparado, mas, quando a coisa acontece, a gente vê que não estava.”

Gervásio Baptista trabalhou na Agência Brasil por cerca de três décadas. Em 2018, foi condecorado com a Medalha Ranulpho Oliveira, da Associação Bahiana de Imprensa, destinada aos maiores nomes do jornalismo que trabalharam na imprensa da Bahia.


Carreira

Ele nasceu em 1923 em Salvador. Aos 27 anos, quando já se destacava no Diário de Notícias de Salvador, Assis Chateaubriand viu o talento do jovem fotógrafo e o levou para o Rio de Janeiro para trabalhar na revista O Cruzeiro, mas logo Gervásio mudou-se para a revista Manchete, de Adolpho Bloch, no início dos anos 1950.


Em 80 anos de carreira, Gervásio registrou raridades de Getúlio Vargas, Tancredo Neves, José Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Fotógrafo oficial de Tancredo Neves, Gervásio fez com exclusividade a clássica e última foto do presidente, acompanhado da equipe médica do Hospital de Base do Distrito Federal, em que ele aparece sentado de pijama e roupão.

Baptista, por mais de meio século, registrou os principais momentos da história recente brasileira e raridades estrangeiras.

No período militar, foi preso e, em uma das ocasiões, dividiu a cela com o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (avô do ex-governador Eduardo Campos, ambos mortos).

Registrou momentos da Revolução Cubana, em 1959, fotografou os líderes Fidel Castro e Che Guevara. Acompanhou a Revolução dos Cravos, em Portugal, em 1974, e foi ao Vietnã, nos anos de 1970, para registrar a guerra. Fotografou sete Copas do Mundo e 16 concursos de Miss universo.

Até 2015, Gervásio Baptista fotografava no Supremo Tribunal Federal e na Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

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