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Julgamento do mensalão

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Primeiro petista a presidir a Câmara, João Paulo Cunha deve se entregar hoje; veja a trajetória do mensaleiro

Brasil|Do R7

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O deputado federal  João Paulo Cunha (PT-SP) pode ser preso a qualquer momento. A determinação foi dada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, na segunda-feira (6). A defesa do parlamentar afirma que ele deve se entregar ainda nesta terça (7). Confira a seguir a história da ascensão e queda do primeiro petista a presidir a Câmara
Nascido em Caraguatatuba, em 1958, João Paulo Cunha mudou-se ainda criança para Osasco, na Grande São Paulo, cidade onde iniciaria a sua carreira política
Trabalhando como metalúrgico na Braseixos, envolveu-se, no final dos anos 1970, com as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), da Igreja Católica. Atuou no Centro de Defesa dos Direitos Humanos da organização. Simultaneamente, integrou o movimento sindical
Aos 24 anos, João Paulo Cunha ocupou seu primeiro cargo público: foi eleito, em 1982, vereador de Osasco pelo PT. Em 1986, foi candidato a prefeito da cidade, mas acabou derrotado. Cumpriu, então, seu mandato de vereador até 1988
Em 1990, chegou ao cargo de deputado estadual. Quatro anos depois, foi eleito, pela primeira vez, deputado federal
Em 2002, o petista viveria o apogeu de sua carreira política, após conquistar o terceiro mandato na Câmara dos Deputados: tornou-se o primeiro integrante de seu partido a ser eleito presidente da Casa. O cargo, porém, o levaria a ser apontado como um dos atores do escândalo do mensalão
Após Roberto Jefferson denunciar o mensalão, em 2005, Cunha é acusado de receber R$ 50 mil de Marcos Valério. O saque foi feito por sua mulher no Banco Rural. Como presidente da Câmara, Cunha também oficializou o contrato da Casa com a empresa de Valério – o que, segundo as acusações, seria uma forma de direcionar dinheiro público para o valerioduto
O parlamentar sofreu, então, processo de cassação, mas foi absolvido pelos colegas. Em 2006, foi eleito novamente deputado federal.  No primeiro mandato pós-escândalo, Cunha manteve um estilo discreto, procurando ao máximo evitar a imprensa. Em 2010, chegou a seu quinto mandato
Após receber a ordem de prisão, Cunha se apresentou à Polícia Federal, não sem antes divulgar mensagem para dizer que "o julgamento da Ação Penal 470, muito mais do que um procedimento jurídico, foi um show midiático". A bronca seguiu: "o Estado democrático de Direito foi desrespeitado quando se limitou o direito à ampla defesa e quando se submeteu os réus a uma exposição permanente de ataques midiáticos contra a sua honra e integridade moral"
Após a prisão dos primeiros mensaleiros, João Paulo Cunha subiu à tribuna da Câmara, no mês passado, para atacar o presidente do STF, Joaquim Barbosa. “É ou não é um ministro que trabalha com informações seletivas?”, questionou, em seu discurso
Na segunda-feira, Joaquim Barbosa encerrou o processo sobre corrupção e peculato contra Cunha. O deputado tem de começar a cumprir pena de 6 anos e 4 meses imediatamente. Ele, porém, tem direito a um novo julgamento pelo crime de lavagem de dinheiro, pelo qual foi condenado a 3 anos de prisão

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O deputado federal  João Paulo Cunha (PT-SP) pode ser preso a qualquer momento. A determinação foi dada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, na segunda-feira (6). A defesa do parlamentar afirma que ele deve se entregar ainda nesta terça (7). Confira a seguir a história da ascensão e queda do primeiro petista a presidir a Câmara
Nascido em Caraguatatuba, em 1958, João Paulo Cunha mudou-se ainda criança para Osasco, na Grande São Paulo, cidade onde iniciaria a sua carreira política
Trabalhando como metalúrgico na Braseixos, envolveu-se, no final dos anos 1970, com as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), da Igreja Católica. Atuou no Centro de Defesa dos Direitos Humanos da organização. Simultaneamente, integrou o movimento sindical
Aos 24 anos, João Paulo Cunha ocupou seu primeiro cargo público: foi eleito, em 1982, vereador de Osasco pelo PT. Em 1986, foi candidato a prefeito da cidade, mas acabou derrotado. Cumpriu, então, seu mandato de vereador até 1988
Em 1990, chegou ao cargo de deputado estadual. Quatro anos depois, foi eleito, pela primeira vez, deputado federal
Em 2002, o petista viveria o apogeu de sua carreira política, após conquistar o terceiro mandato na Câmara dos Deputados: tornou-se o primeiro integrante de seu partido a ser eleito presidente da Casa. O cargo, porém, o levaria a ser apontado como um dos atores do escândalo do mensalão
Após Roberto Jefferson denunciar o mensalão, em 2005, Cunha é acusado de receber R$ 50 mil de Marcos Valério. O saque foi feito por sua mulher no Banco Rural. Como presidente da Câmara, Cunha também oficializou o contrato da Casa com a empresa de Valério – o que, segundo as acusações, seria uma forma de direcionar dinheiro público para o valerioduto
O parlamentar sofreu, então, processo de cassação, mas foi absolvido pelos colegas. Em 2006, foi eleito novamente deputado federal.  No primeiro mandato pós-escândalo, Cunha manteve um estilo discreto, procurando ao máximo evitar a imprensa. Em 2010, chegou a seu quinto mandato
Após receber a ordem de prisão, Cunha se apresentou à Polícia Federal, não sem antes divulgar mensagem para dizer que "o julgamento da Ação Penal 470, muito mais do que um procedimento jurídico, foi um show midiático". A bronca seguiu: "o Estado democrático de Direito foi desrespeitado quando se limitou o direito à ampla defesa e quando se submeteu os réus a uma exposição permanente de ataques midiáticos contra a sua honra e integridade moral"
Após a prisão dos primeiros mensaleiros, João Paulo Cunha subiu à tribuna da Câmara, no mês passado, para atacar o presidente do STF, Joaquim Barbosa. “É ou não é um ministro que trabalha com informações seletivas?”, questionou, em seu discurso
Na segunda-feira, Joaquim Barbosa encerrou o processo sobre corrupção e peculato contra Cunha. O deputado tem de começar a cumprir pena de 6 anos e 4 meses imediatamente. Ele, porém, tem direito a um novo julgamento pelo crime de lavagem de dinheiro, pelo qual foi condenado a 3 anos de prisão

O deputado federal  João Paulo Cunha (PT-SP) pode ser preso a qualquer momento. A determinação foi dada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, na segunda-feira (6). A defesa do parlamentar afirma que ele deve se entregar ainda nesta terça (7). Confira a seguir a história da ascensão e queda do primeiro petista a presidir a Câmara

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