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França assume governo de SP com objetivo de ficar no cargo em 2019 

Filiado ao PSB desde 1988, o vice-governador de São Paulo foi vereador, duas vezes prefeito de São Vicente e duas vezes deputado federal

Brasil|Alexandre Garcia, do R7

França é casado, tem dois filhos e dois netos
França é casado, tem dois filhos e dois netos

O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), toma posse neste sábado (7) à frente do Estado com a oficialização da candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência. Determinado na busca pela reeleição, ele tenta se tornar o primeiro nome de fora do PSDB a comandar o Estado desde 1994.

França, que ainda busca pelo apoio tucano para concorrer ao pleito, garante que aprendeu com seu antecessor que "governar é fazer as escolhas certas". “É preciso fazer a escolha das pessoas certas para o lugar certo”, afirmou ele há algumas semanas.

Nascido na cidade de Santos, litoral de São Paulo, em 1963, o vice-governador é filiado ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) desde 1988. Antes de assumir o comando do cargo no executivo, França foi vereador, duas vezes prefeito de São Vicente e duas vezes deputado federal.

Advogado por formação, ele iniciou sua carreira no movimento estudantil durante o curso de direito da Universidade Católica de Santos. Durante a formação, ele foi presidente do Diretório Acadêmico e da Junta Governativa do Diretório Central dos Estudantes da instituição.


França é casado com a professora Lúcia França, tem dois filhos, um deles o deputado estadual Caio França, e dois netos.

Luta pela reeleição


Para as eleições deste ano, tentará ser eleito e se firmar no cargo de governador. Para isso, França pode ter que se aventurar em uma candidatura sem o apoio do PSDB, partido de Alckmin, que está no cargo já há 24 anos.

Diante da situação, o presidente do PSDB-SP, Pedro Tobias, se manifestou contrário ao apoio à candidatura de França e ameaçou expulsar prefeitos e lideranças locais que apoiarem o atual vice-governador na disputa interna do partido.


Tucanos históricos, com o Barros Munhoz, duas vezes presidente da Assembleia Legislativa e líder dos governos José Serra e Geraldo Alckmin, e o vereador Mário Covas Neto já mudaram de sigla em apoio a França.

O vice-governador afirma que sua coligação para a disputa ao cargo de governador já teria 13 partidos: PSB, Avante, Solidariedade, Podemos, PV, PPS, PR, PHS, PSC, PROS, PPL, PRP e PMB.

Distribuição de cargos

À frente do governo de São Paulo com a saída de Alckmin para a disputa da presidência, Márcio França comandará as 25 secretarias estaduais até dezembro. A equipe, que começou a ser montada em fevereiro, tende a abrir as portas para siglas ignoradas pela gestão do PSDB, como PR e PROS.

Entre os cargos, o PR deve ser convidado a comandar a pasta de Logística e Transportes, responsável por algumas das principais obras do Estado, como o Rodoanel e a nova Tamoios. O PROS, por sua vez, garante que o apoio a França não leva em conta a participação no governo como contrapartida.

Na Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, comandada por José Luiz Ribeiro, do Solidariedade, o orçamento deve engordar a pedido do presidente do partido, o deputado Paulinho da Força.

Apesar de já ter encaminhado alguns nomes, França deve realizar as substituições nas pastas gradativamente, conforme os atuais integrantes deixem seus cargos para disputar as eleições ou ocupar uma vaga na equipe de campanha de Geraldo Alckmin.

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