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Garimpeiros ilegais começam a deixar o rio Madeira

Centenas de embarcações clandestinas foram instaladas na região da Amazônia em busca de ouro

Brasil|Do R7

A maioria das balsas já deixou o local
A maioria das balsas já deixou o local A maioria das balsas já deixou o local

A demora das autoridades federais em reagir ao movimento de balsas de garimpeiros no rio Madeira, na Amazônia, resultou na dispersão de grande parte das centenas de embarcações clandestinas que ficaram paradas há cerca de uma semana na região de Autazes (AM). O grupo havia se concentrado na área onde teria sido encontrada uma grande quantidade de ouro.

A maioria das balsas já saiu do local. Trocas de mensagens entre os garimpeiros dão sinais de que parte deles está subindo o rio Madeira, no sentido de Humaitá, na fronteira do Amazonas com Rondônia. A região é conhecida pela aglomeração dessas embarcações. Muitos garimpeiros deixaram Autazes e estão próximos do município de Nova Olinda do Norte (AM).

Desde a terça-feira (23), denúncias apontam para a aglomeração de centenas de balsas, todas elas atuando em situação irregular na extração de ouro do rio Madeira. Na quarta-feira (24), os garimpeiros já trocavam mensagens entre si a respeito de reações caso houvesse algum tipo de ação ou advertência por parte dos órgãos policiais e de repressão.

Em mensagens de áudio, os garimpeiros cogitaram a possibilidade de montar um "paredão" de balsas para reter a ação policial. Chegaram mesmo a falar em tocaias na floresta e em "mandar bala" nos agentes.

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O Ministério da Justiça mobilizou a Polícia Federal, além das Forças Armadas e agentes do Ibama, para realizar uma ação na região. Até o momento, porém, nada ocorreu efetivamente. Informados sobre a mobilização, os garimpeiros também avaliavam a alternativa de deixar o local.

Como seus equipamentos são irregulares, eles sabem que não há outra opção no caso de abordagem policial: tudo tem que se apreendido ou destruído no próprio local.

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As autoridades federais não deram detalhes sobre seus planos na região, mas o que se articulava vinha sendo chamado internamente, pelos membros do governo, de uma "operação de guerra", com bloqueio de passagens pelo rio Madeira e por estradas que chegam à área onde estavam as embarcações.

Agentes ouvidos pela reportagem acreditam que a situação pode, de certa forma, facilitar a abordagem policial, porque evita conflitos com grande aglomeração. Além disso, as balsas se movem lentamente.

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