Governo diz que há 200 toneladas de alimentos para ajuda à Venezuela
Estratégia de ajuda humanitária prevê que os alimentos alocados em Boa Vista sejam coletados por caminhões venezuelanos e cruzem a fronteira
Brasil|Alexandre Garcia, do R7
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, anunciou nesta sexta-feira (22) que a operação de ajuda humanitária brasileira à Venezuela será mantida. Ele afirma que já há cerca de 200 toneladas de alimentos básicos separados em Boa Vista (RR) que serão destinados ao país vizinho.
A decisão de manter a ação de ajuda foi tomada após uma reunião entre Bolsonaro e ministros de Estado. "A operação tem precisão de início com a entrega das doações brasileiras e de outras nações amanhã, dia 23 de fevereiro, e se estenderá por mais alguns dias, ainda sem previsão de término", afirmou Rêgo Barros.
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De acordo com o porta-voz, o governo já contabiliza cerca de 200 toneladas de alimentos básicos, como arroz, feijão, café, leite em pó, açúcar e sal para serem doados. "As doações serão transferidas por caminhões venezuelanos até Pacaraima e, de lá, seguirão até a Venezuela", explicou.
Sobre a possível impossibilidade de ingresso dos suprimentos na Venezuela devido ao fechamento da fronteira, Rêgo Barros disse que os caminhões que não tiverem condições de retornar ao país vizinho irão a Boa Vista "para uma nova tentativa".
Rêgo Barros destacou ainda que a ação tem caráter "exclusivamente de ajuda humanitária" e garante não haver "nenhum interesse" brasileiro no emprego de qualquer outra frente.
Segundo o porta-voz, cerca de 800 cidadãos do país vizinho cruzaram a fronteira para o lado brasileiro na quinta-feira (21). Ele não soube responder o número de venezuelanos que entraram no Brasil após o fechamento da fronteira.