'Governos passam e instituições ficam', diz Moro a policiais federais

Ministro da Justiça e Segurança Pública manifestou interesse em "fortalecer a PF", por ser "estratégica para o país"

01/07/2019 - 18h24 (Atualizado em 21/02/2024 - 16h36)

Um dia depois de manifestações que exaltaram seu trabalho na Operação Lava Jato e no Executivo Federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse nesta segunda-feira (1º) que os "governos passam e as instituições ficam".

Moro participou nesta segunda-feira da aula inaugural dos cursos de formação da Polícia Federal no teatro da Academia Nacional de Polícia, em Brasília. Ele proferiu a primeira aula aos alunos, na presença do diretor-geral da PF, delegado Maurício Valeixo, e outros dirigentes da corporação e presidentes de entidades de classe.

Moro agradece apoio e Bolsonaro celebra manifestações

Moro ressaltou que o governo quer "fortalecer a PF", por ser "estratégica para o País". Ele sinalizou posicionamento sobre uma pauta encampada há anos pelos sindicatos e entidades de classe ligados à carreira: a autonomia administrativa.

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A Polícia Federal está sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça. Os delegados fazem campanha e buscam no Congresso apoio a uma Proposta de Emenda Constitucional que confere total independência financeira e institucional.

Moro afirmou ainda ser "inegável nos últimos anos, que a PF, pelo relevante papel desempenhado, adquiriu uma aura de excelência perante a população brasileira extremamente forte".

Cidades protestam a favor da Lava Jato

As manifestações a favor da continuidade da Lava Jato, do avanço da Reforma da Previdência no Congresso e do pacote anticorrupção do ministro Sérgio Moro vão se espalhar por cerca de 200 cidades brasileiras neste domingo (30)

Moro é um dos personagens do governo mais defendidos pelos manifestantes, após o vazamento de supostas conversas entre o ex-juiz e procuradores que levantaram questionamentos sobre a legalidade da atuação enquanto trabalhou julgando casos da Lava-Jato

Essas conversas, segundo o site, indicariam interferência de Moro no andamento das investigações da operação. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a invasão do celular do ministro e de procuradores. Nas manifestações, o ministro mais uma vez foi representado como super-herói nos protestos que ocorreram em frente ao Congresso Nacional, em Brasília

O MBL e o Vem pra Rua, dois grupos que lideraram os movimentos de rua pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, participarão dos protestos, afirmando que optaram por adotar uma agenda que não inclui a defesa do governo Bolsonaro

"A decisão de participar agora foi uma reação à invasão do celular do Sérgio Moro", disse Renato Battista, um dos coordenadores do MBL, explicando que na última manifestação pró-Bolsonaro, o grupo não compareceu por não concordar com as pautas pregadas por uma "rede coordenada"

Segundo o presidente da CCJ, Felipe Francischini, Sergio Moro deve comparecer à Câmara nesta terça-feira (2), para prestar esclarecimentos sobre o caso. O ministro afirma que não reconhece a autenticidade das mensagens. Na foto, manifestantes usam mensagens de apoio ao ministro da Justiça Sérgio Moro, como "in Moro we trust", que significa, inglês: "Em Moro, nós confiamos"

O Vem Pra Rua informou em seu site que 193 municípios brasileiros deverão fazer parte do ato. Veja mais fotos a seguir dos atos que já foram iniciados no Rio de Janeiro e em Brasília

No Rio de Janeiro, o protesto, em apoio a Moro, começou por volta das 10h no posto 5 da Praia de Copacabana, na zona sul. Em São Paulo, a concentração será em frente ao prédio da Fiesp, na av. Paulista, a partir das 14h

Cidadãos de Ribeirão Preto também se reuniram a favor do ministro Sérgio Moro

Na Avenida Paulista, participantes também se mostraram favoráveis à posse de armas, que está entre as pautas caras ao governo Bolsonaro

Muitas pessoas em São Paulo também mostraram apoio à operação Lava Jato

Multidão ocupou as duas pistas da Avenida Paulista. Políticos como Carla Zambelli, Arthur Moledo do Val, Major Olimpio e Fernando Holiday participaram dos protestos na capital

O senador Major Olimpio discursa na manifestação

Fernando Holiday, vereador de São Paulo e membro do MBL, também marcou presença no ato a favor de Moro, que já iniciou na paulista no começo da tarde. No Rio de Janeiro, membros do movimento de Holiday foram hostilizados por manifestantes pró-Bolsonaro

Manifestantes levaram bandeiras de Israel, mostrando apoio à aproximação entre Bolsonaro e o premiê israelense Benjamin Netanyahu

Bolsonaro também foi lembrado e defendido por muitos dos participantes dos atos que ocorrem hoje. A foto é da Avenida Paulista, em São Paulo

Essa manifestante levou um totem do presidente Bolsonaro

As bandeiras do Brasil marcaram o protesto em Copacabana

Manifestante com bonecos representando Sérgio Moro

Manifestantes criticaram os ministros do Supremo Tribunal Federal no protesto deste domingo

Multidão lotou a Avenida Paulista, em São Paulo

Mais manifestantes no protesto a favor do presidente Bolsonaro em Copacabana no Rio de Janeiro (RJ)

Manifestantes protestam no Rio de Janeiro

Boneco inflável do ministro da Justiça, Sérgio Moro

Em Brasília, os manifestantes se concentraram em frente ao Congresso Nacional na manhã deste domingo (30)

Em Sorocaba, parte da população também se reuniu para mostrar apoio a Sérgio Moro

Os participantes do protesto levaram bandeiras do Brasil e bonecos infláveis

As manifestações a favor da continuidade da Lava Jato, do avanço da Reforma da Previdência no Congresso e do pacote anticorrupção do ministro Sérgio Moro vão se espalhar por cerca de 200 cidades brasileiras neste domingo (30)