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Grupo reforça atendimento médico a indígenas na Floresta Amazônica

Militares e profissionais de saúde concluíram etapa da missão de combate à pandemia na Aldeia Cruzeirinho, localizada às margens do Rio Javari

Brasil|Do R7, com EFE

Trabalho foi acompanhado pelos profissionais de enfermagem do DSEI
Trabalho foi acompanhado pelos profissionais de enfermagem do DSEI Trabalho foi acompanhado pelos profissionais de enfermagem do DSEI

A 'Missão Saúde", iniciativa composta por 23 militares do Exército e profissionais de Saúde, concluiu no domingo (22) a primeira etapa de ações preventivas e de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus na Aldeia Cruzeirinho, localizada às margens do Rio Javari, no interior do Amazonas.

O grupo, que estava na região desde a semana passada, foi reforçar o atendimento médico na região, em missão sanitária, depois que 6.351 índios foram infectados e 301 morreram, segundo informações divulgadas pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil). 

O trabalho das Forças Armadas foi acompanhado pelos profissionais de enfermagem do DSEI (Distrito Especial de Saúde Indígena) do Vale do Javari. O objetivo, além do tratamento, é levar informações sobre prevenção à entrada da doença nas comunidades.

“Foi extremamente gratificante ter participado, ter ajudado essas pessoas em regiões mais isoladas e com alguma dificuldade de acesso à saúde. É recompensador perceber, no olhar deles, o agradecimento e saber que, de alguma forma, a gente fez a diferença na vida delas", disse a Tenente Christiane de Oliveira Bensusan. 

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Índios se isolam na mata para fugir da covid-19

Famílias preferiram deixar os locais em que vivem como forma de se protegerem
Famílias preferiram deixar os locais em que vivem como forma de se protegerem Famílias preferiram deixar os locais em que vivem como forma de se protegerem

A iminente chegada do novo coronavírus fez com que cerca de 150 indígenas buscassem refúgio no seio da Floresta Amazônica para evitar o contágio entre os habitantes da aldeia Cruzeirinho. 

Ao todo, 27 das 32 famílias da aldeia preferiram deixar os locais em que vivem como forma de se protegerem da covid-19, doença provocada pelo coronavírus e que já afeta mais de 100 nações indígenas no Brasil.

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"Eles querem se cuidar, protegerem a eles próprios, às crianças, de contraírem o coronavírus. É uma região de fronteira, e muita gente passa por aqui todos os dias. Assim, as pessoas foram para a selva para se proteger", disse à Agência Efe Bené Mayuruna, um dos poucos que preferiram continuar na aldeia.

Aqueles que optaram por se exilar na mata buscaram isolamento total, já que não têm qualquer contato com o mundo exterior. "Estão se protegendo, totalmente isolados na selva, levaram as crianças e estão lá, sem falar com ninguém", relatou Mayuruna.

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A decisão de se refugiar na mata foi uma resposta extrema diante do avanço da pandemia, que vem deixando um rastro de devastação em diversas comunidades do Território Indígena, que foi demarcado por decreto em 2001.

Esta é a segunda maior área indígena do Brasil, fica no oeste do Amazonas. Cerca de 7 mil pessoas, de sete diferentes etnias, vivem nela. Cinco das tribos do Vale do Javari, inclusive, jamais foram contactadas.

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