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Guedes: Sem menos vagas públicas, não é possível elevar salários

Ministro da Economia diz que o uso intensivo de novas tecnologias é um dos pontos principais da reforma administrativa do governo

Brasil|Do R7

O ministro Paulo Guedes: 'Queremos deixar um legado de administração pública de melhor qualidade'
O ministro Paulo Guedes: 'Queremos deixar um legado de administração pública de melhor qualidade'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (7) que o uso intensivo de novas tecnologias é um dos pontos principais da reforma administrativa proposta pelo governo. Nesse sentido, a abertura de vagas no serviço público será menor.

"Se não, não é possível elevar salários. Queremos deixar um legado de administração pública de melhor qualidade", enfatizou, em audiência pública na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de reforma administrativa (PEC 32/20). Mais cedo, ele participou de outra audiência na Casa, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

O ministro defendeu que as contratações de funcionários públicos possam ser flexíveis, como já acontece em caso de obras públicas. "Um exemplo típico é o censo. Você contrata um monte de gente e no ano seguinte desmobiliza. A mesma coisa com obras de infraestrutura", destacou.

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Guedes pediu que os parlamentares não encarassem essa flexibilização de contratações como uma tentativa de fragilizar o serviço público. "Pelo contrário, nós queremos é reforçar", argumentou.


Sem 'mexer no passado'

O ministro admitiu que o texto enviado ao Congresso é diferente da proposta inicial que ele tinha em mente. "Esta é a reforma administrativa dos sonhos? Não. Eu tinha ideias muito mais ambiciosas, mas fui aprendendo", afirmou. "Não precisamos mexer no passado, podemos construir um futuro melhor", concluiu.

Mais uma vez, Guedes defendeu o lançamento de uma identidade digital nacional para qualquer brasileiro. "Isso vai permitir muito mais eficiência inclusive nos programas sociais, evitando fraudes. Teve gente que recebeu o auxílio emergencial sem precisar. Se todos já tivessem a identidade digital, isso não teria acontecido. Tínhamos 38 milhões de brasileiros que o governo ignorava a existência", lembrou.

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