Haddad ensaia como reduzirá rombo com gastança: aumentando impostos
A projeção de déficit para 2023 é de R$ 230 bilhões, e, como o governo vive de impostos, o contribuinte pagará mais essa conta
Brasil|Do R7

Se há uma coisa de que ninguém pode reclamar é que Lula não avisou sobre o estrago que faria nas contas públicas. Além de ter dito isso de várias formas durante a campanha, o que deixaria qualquer economista de cabelo em pé (menos os economistas militantes, claro), temos como exemplo o tipo de administração dos governos petistas anteriores.
Coroando a catástrofe, temos Fernando Haddad como ministro da Fazenda, com seus dois meses de cursinho fundamentando sua experiência na área. Mas, para entender a avalanche que vem por aí, comecemos pelo básico: déficit ocorre quando há falta de algo necessário. Economicamente falando, déficit é quando há falta de dinheiro por um motivo muito simples: despesas excedendo as receitas, ou seja, o popular “gastar mais do que ganha”.
É a mesma coisa que acontece quando qualquer pessoa descontrolada financeiramente tem despesas maiores do que o salário que recebe mas continua gastando no cartão de crédito e pagando as contas com o limite do banco. Em um primeiro momento, não acontece muita coisa, a não ser um ou outro aviso do gerente do banco (se ele for bem camarada e se der ao trabalho de entrar em contato) e alguns lembretes amigáveis da operadora do cartão.
Porém, com o passar do tempo, a dívida vai aumentando, seu crédito vai acabando e bomba vai estourar, com juros, multas e tudo mais a que o credor tem direito. E, aí, não vai restar outra opção a não ser amargar com a conta, que poderá levar anos para ser quitada e, mesmo assim, vai deixar um histórico negativo, prejudicando o acesso ao crédito no futuro.
No governo é a mesma coisa, só que com uma enorme diferença: quem pagará o rombo previsto de R$ 230 bilhões — que eles já estão prometendo que vão deixar apenas em 2023 — é o pagador de impostos, isto é, você. Outra coisa que você, eu e todo mundo vai bancar é o aumento salarial de 18% para os ministros do STF que Lula acaba de sancionar. É amor puro esse governo!
E é óbvio que, para bancar a farra fiscal — que pode ser muito maior do que isso, porque não há limite de gastos —, Haddad já começa a avisar que os impostos vão subir. Lembre-se de que nós não pagamos impostos somente sobre a renda, mas também sobre 100% das coisas que consumimos. E mais: todo aumento de impostos para as empresas é repassado no preço dos produtos, logo, teremos aumento em cima de aumento.
Logo, é melhor sair da internet e pegar pesado no batente, porque você precisará trabalhar muito neste ano para dar conta da sua parte. Bora lá!