Jair Bolsonaro participa de transmissão de cargo de ministros
Cerimônia desta quarta-feira (2) teve início às 9h no Palácio do Planalto, em Brasília. Tomarão posse no evento 22 ministros
Brasil|Juliana Moraes e Plínio Aguiar, do R7
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), participa nesta quarta-feira (2) da transmissão de cargo dos novos ministros para sua gestão nos próximos quatro anos. A cerimônia começou às 9h no Palácio do Planalto, em Brasília.
Os primeiros ministros a ocupar os cargos são Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Gustavo Bebianno (Secretaria Geral), General Carlos Alberto (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (GSI).
Sergio Etchegoyen, ministro de Gabinete de Segurança Institucional do governo Michel Temer (MDB), transferiu o ministério para Augusto Heleno. Em seu discurso, o novo ministro declarou que é amigo de Etchegoyen há 45 anos. O general declarou que tem como missão cuidar do sistema de inteligência brasileiro que foi "derretido" por Dilma Rousseff . "Ela não acreditava em inteligência", declarou.
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz agradeceu a confiança de Bolsonaro por colocá-lo no cargo e falou sobre o ministério. "A secretaria de governo vai continuar sendo o ponto de entrada da presidência da República. Estaremos de portas abertas a todos os governos e toda a sociedade", falou.
Leia também
Bolsonaro confirma transferência do Coaf para o Ministério da Justiça
Ministério da Agricultura passa a demarcar terra indígena
Ministros de Bolsonaro assumem seus cargos nesta quarta-feira
Governo Bolsonaro: conheça a academia que formou o presidente e seis integrantes do governo
Combate à corrupção ainda não deu conta de todos os nichos, diz Dodge
O novo ministro ainda garantiu que a transparência é principal ponto a ser seguido. "Todos os assuntos poderão ser tratados com a secretaria do governo. A nossa população está traumatizada por escândalos. É preciso que se transmita uma sensação de honestidade, transparência, credibilidade. É a base do nosso trabalho."
Gustavo Bebianno, que assume a secretária-Geral da Presidência da República, também discursou. "É uma honra participar desse momento histórico, o qual para mim foi começado em 2017 e foi coroado em outubro com nosso capitão sendo coroado presidente".
O novo ministro falou ainda sobre o atentado sofrido por Bolsonaro. “Foram dois anos de lágrima, suor e literalmente sangue. Atentado não somente no covarde atentado cometido contra o nosso comandante e contra a democracia. Mas não esmorecemos por um instante sequer". Por fim, Bebianno criticou a "mentalidade destrutiva" do bolivarianismo.
O ex-ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha agradeceu, inicialmente, o ex-presidente Temer pela "sensacional missão" de centralizar o governo e "de fazer com que os projetos que estavam em andamento tivessem sequência". "Este tempo na Casa Civil foi, seguramente, o mais desafiador e a maior sensação de dever cumprido", disse. Padilha "deixou publicamente um abraço a Temer".
"Não é fácil ser centro de governo, ministro Onyx", mencionou o futuro secretário da pasta, ainda em discurso, sobre o trabalho que é feito na secretaria da Casa Civil. Por fim, desejou a Lorenzoni, “sorte, tanto ou maior a qual tivemos”.
Onyx Lorenzoni agradeceu o "momento em que estão vivendo" e falou sobre a posse de Bolsonaro. "Quero lembrar algo muito importante que muitos brasileiros e brasileiras lembraram ontem. Estamos aqui vivendo um preceito bíblico. Muitos são chamados e poucos escolhidos. E Jair Messias foi escolhido", declarou.
Ainda de acordo com o novo ministro, o país vai mudar e que o novo presidente trouxe esperança. "O Brasil que vivia o medo de ir para a rua e perder a vida, o receio de perder o emprego, de viajar porque as estradas não são as melhores."
Lorenzoni ainda dise que ele e os novos ministros estão alinhados com o presidente. "Bolsonaro, te disse que estaríamos contigo para matar ou morer. Era a expressão de um amigo que se colocava ao seu lado. Muito obrigada pelos seus ensinamentos". Para ele, nunca teve um processo de transição de governo como o atual.
Para finalizar o discurso, Lorenzoni pediu ainda um "pacto político entre governo e oposição por amor ao Brasil". "As disputas ideológicas podem e devem ser travadas. Não recebemos um papel em branco ao vencer as eleições. O presidente é sempre o primeiro a dizer que temos uma missão e não podemos errar. E temos que ter bom ouvido para aqueles que se opõem ao governo."
Confira os 22 ministros de Bolsonaro: