Justiça transfere Beto Richa para unidade da PM
O ex-governador do Paraná foi detido na manhã desta terça-feira (11) durante a 53ª fase da Operação Lava Jato
Brasil|Alexandre Garcia, do R7
O desembargador Laertes Ferreira Gomes, da 2ª Câmara Criminal do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) determinou que o ex-governador do Paraná Beto Richa e a mulher dele, Fernanda Richa, fossem transferidos do Complexo Médico Penal para o Regimento da Polícia Montada. A decisão já foi cumprida.
Na mesma decisão, Gomes negou um pedido de liberdade apresentado pela defesa do casal, que foi preso preventivamente nesta terça-feira (11), durante a Operação Piloto, 53ª fase da Operação Lava Jato.
Lava Jato nega que operação contra Richa tenha relação com eleições
"Deixo por ora deapreciar o pleito liminar, e determino sejam prestadas informações detalhadas pela autoridade coatora, notadamente quanto à situação processual do paciente, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas", escreveu o desembargador.
A investigação da PF (Polícia Federal) e do MPF (Ministério Público Federal) apura o suposto pagamento milionário de vantagem indevidas no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, que favoreciam agentes públicos e privados do Paraná.
De acordo com a Polícia Federal, os agentes direcionavam o processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada.
Também foram presos na operação Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa no governo do Paraná; Jorge Theodócio Atherino, empresário apontado como "operador financeiro" do ex-governador; e Tiago Correia Adriano Rocha, indicado como braço-direto de Jorge, e responsável por diversas transações financeiras dos empreendimentos do executivo.