Sem citar nominalmente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta quarta-feira (25) a proposta de isolamento vertical e disse que a hipótese não viável até que se tinha uma "operação de guerra" para proteger a população mais velha da pandemia de coronavírus.
“Pedir uma liberação vertical, sem ter feito uma operação de guerra para proteger os idosos que vivem em comunidades de vários Estados parece uma decisão focada em algo que não está sendo bem elaborado”, avaliou Maia.
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Para Maia, não é possível permitir que uma parte da população mais jovem saia para trabalhar e tenham que "voltar para o mesmo ambiente de 30m²". “A partir do momento que governo tiver uma política séria, responsável, olhando para esse idosos teremos condições para liberar os mais jovens pares proteger os mais idosos”, afirmou.
Para Maia, outro ponto que já poderia ter sido pensando é a liberação de recursos para permitir que os mais pobres fiquem em quarentena, “Se o governo já tivesse garantido a renda para os mais pobres, teríamos garantido previsibilidade e com isso todos estavam fazendo isolamento, esperando a chegada do vírus e assimilando a situação a cada semana”, disse ele.
Salário dos servidores
O presidente da Câmara também voltou a defender um corte nos salários dos servidores para ajudar o Brasil a se recuperar do efeito causado pelo coronavírus na economia.
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De acordo com Maia, o debate que ainda está em construção precisa ser tratado com o apoio dos três poderes devido à queda na arrecadação. ‘Se o Brasil ficou mais pobre, vai gerar desemprego e perda de renda, será necessária a colaboração por parte de todos que ganham mais", afirmou.
“Nós devemos estar preocupados com a vida, o emprego dos brasileiros e a forma como os mais simples podem fazer para passar pelas próximas semanas", avalia o presidente da Câmara.
Maia ainda criticou a pressão exercida por alguns investidores na tentativa de “impor uma percepção equivocada” a respeito do coronavírus devido às perdas recentes na Bolsa de Valores. “Quem foi para o risco, foi para o risco. Precisamos agora seguir as orientações do Ministério da Saúde”, disse Maia.