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Maluf tem doença grave e usa fraldas, diz laudo do IML

Exame também conclui que deputado pode permanecer na cadeia 

Brasil|Thais Skodowski, Do R7

Deputado sofre com dores na lombar
Deputado sofre com dores na lombar

O laudo do exame do Instituto Médico Legal (IML) feito pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP), no dia 22 de dezembro, em Brasília, afirma que o parlamentar está acometido de doença grave e que a situação é permanente. A conclusão é que o ex-governador, que está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, apresenta alterações degenerativas avançadas da coluna lombar e a recidiva do câncer de próstata, mas que não exige cuidados contínuos que não possam ser prestados no estabelecimento penal, desde que tenha um acompanhamento ambulatorial especializado. Além disso, o deputado possui “incontinência urinária espontânea com uso contínuo de fraldas geriátricas”. O deputado tem 86 anos.

Ainda segundo o laudo, assinado pelos médicos Hildeci José Rezende e Gustavo Edreira Neves, Maluf está clinicamente bem, mas que existe a possibilidade de “deterioração progressiva e até mesmo rápida” que depende do comportamento evolutivo do câncer de próstata. O exame também conclui que o sentenciado não apresenta limitação de atividade e restrição de participação.

A defesa do deputado, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, reclamou que o IML não analisou todas as doenças do parlamentar. “Os médicos peritos acabaram não analisando o que é ainda mais grave, a doença cardíaca”, disse. No exame, os peritos constataram que o “observa-se ritmo cardíaco regular em 2 tempos, com bulhas normofonéticas e sem sopros”.

Kakay também se mostrou descontente com a decisão do juiz Bruno Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, de ter negado nesta terça-feira (26) para que um médico perito contrato pela defesa examine o parlamentar. O advogado pede a prisão domiciliar de Maluf. “A defesa segue convicta de que uma negativa da prisão domiciliar fatalmente impõe graves prejuízos à a saúde do parlamentar, além de significar sofrimento desnecessário e desproporcional a um cidadão de 86 anos de idade, em claro ataque à dignidade da pessoa humana”, complementou o advogado.

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