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MDB assume Prefeitura de São Paulo pela 1ª vez na democracia

Na ditadura militar, o então PMDB teve dois prefeitos biônicos: Francisco Altino e Mário Covas, avô de Bruno Covas

Brasil|Do R7

Vice de Bruno Covas, Ricardo Nunes (MDB) assume após morte do prefeito eleito em 2020
Vice de Bruno Covas, Ricardo Nunes (MDB) assume após morte do prefeito eleito em 2020

Com a morte de Bruno Covas, o MDB assume pela primeira vez, no período democrático, o comando da Prefeitura de São Paulo. Ricardo Nunes (MDB), que concorreu como vice do tucano nas eleições de 2020, agora exerce o posto. Isso significa que o partido vai comandar o quinto maior orçamento do Brasil, que supera 24 Estados.

O MDB nunca teve muita expressão na capital paulista. Durante a ditadura militar, o então PMDB teve dois prefeitos biônicos, que eram nomeados pelos governadores após ratificação da Assembleia Legislativa: Francisco Altino Lima, que ficou no cargo por 57 dias em 1983, e Mário Covas, avô de Bruno, prefeito entre 11 de maio de 1983 e 31 de dezembro de 1985.

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O cargo de prefeito de São Paulo dá visibilidade nacional ao titular. Os três antecessores de Covas na função, João Doria (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Gilberto Kassab (PSD) são hoje nomes relevantes no País e têm influência na eleição presidencial de 2022.

Em 2020, o MDB conquistou o maior número de prefeituras no País (784). A legenda também detém o comando da maior quantidade de capitais (5).


Ano passado, a sigla venceu com Sebastião Melo, em Porto Alegre (RS); Maguito Vilela, em Goiânia (GO); Dr. Pessoa, em Teresina (PI); Arthur Henrique, em Boa Vista (RR) e Emanuel Pinheiro, em Cuiabá (MT). Maguito, porém, morreu de covid-19 e não chegou a assumir o cargo, que é exercido por Rogério Cruz (Republicanos).

Apoio

O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP) declarou que a legenda vai dar todo o suporte possível para Ricardo Nunes administrar a capital paulista. Baleia afirmou estar bastante triste com a morte de Bruno Covas e lembrou que exerceu junto com ele o mandato de deputado estadual, além de sempre estarem dentro do mesmo grupo político na cidade.


"Ricardo Nunes terá todo o apoio do partido para manter toda a equipe, que está fazendo um belo trabalho na capital, buscando executar o plano apresentado por Bruno e por ele na campanha", afirmou o presidente do MDB ao jornal O Estado de S. Paulo, procurando desfazer a ideia de que o partido vá aproveitar a chegada ao poder em São Paulo para ampliar seu espaço no primeiro e segundo escalões do governo municipal.

Baleia reproduziu o tom adotado pelo próprio novo prefeito, que tem falado em "continuidade" da gestão.

O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), adotou o mesmo raciocínio. "A expectativa é que o prefeito, assumindo em uma adversidade dessa, deverá dar uma linha de continuidade", afirmou o deputado. "Nunes tem uma sintonia muito grande com o prefeito Bruno, logicamente imprimindo seu estilo. Não há o que comemorar, muito pelo contrário. A consequência no cenário (o MDB no cenário nacional), isso aí o tempo dirá dentro do trabalho que ele fizer lá." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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